Ataques na região centro

Ataques na região centro de Moçambique – A Renamo e a Polícia da República de Moçambique (PRM) estiveram esta quarta-feira em sintonia descomunal e vieram a terreiro dissociar a chamada “Junta Militar” dos ataques na região centro contra viaturas, que se registam nos últimos tempos.

Depois de alguns meses sem conceder os habituais briefings semanais à media, o porta-voz do Comando geral da Polícia da República de Moçambique, Orlando Mudumane, “reapareceu” esta quarta-feira, para, entre outros temas, comentar os ataques na região centro do país que se tem registado nas últimas semanas.

O graduado da PRM comentou que a corporação não possui elementos substanciais para associar os ataques na região centro à “Junta Militar” da RENAMO encabeçada pelo dissidente desta, o general Mariano Nhongo.

Nas últimas semanas tem sido reportados ataques armados desencadeados contra viaturas, essencialmente no distrito de Gondola, na província central moçambicana de Manica.

Algumas fontes precipitadamente assacaram esses ataques na região centro aos dissidentes da RENAMO agrupados na chamada “Junta Militar” dirigida por Nhongo, mas este tem refutado as acusações.

Um canal de tv privado local referiu, após um desses ataques, que os mesmos sucedem “próximo” de um agrupamento militar do Governo.

Analistas acreditam que com o recrudescimento do custo de vida, associado ao desemprego que afecta milhares de jovens, o ambiente se torna cada vez mais fértil para a criminalidade e acção de oportunistas para aproveitamentos políticos.

Aliás, foi esta tese – aproveitamento político – defendida por um destacado quadro da RENAMO, para justificar a não ligação da “Junta Militar” de Nhongo aos ataques na região centro.

Alfredo Magumisse, candidato da Renamo a Governador de Manica e membro da Comissão Política do partido da “perdiz”, diz não acreditar que a facção de Nhongo esteja ligada aos ataques armados na região centro.

“Não acredito que seja a subversão de Nhongo que esteja a atacar, mas como podemos ver pelas declarações aqui, há uma conjugação perfeita de aproveitamento político para dar-se a entender assim”, disse, em Manica, a jornalistas Alfredo Magumisse.

“Concordo que na Renamo há diferenças e estas sempre vão existir, mas nessas coisas de política há muito aproveitamento”, acrescentou aquele político.

Entre os que ocorreram nos dias 17 de Setembro na região de Zimpinga e no dia 25 do mesmo mês na localidade de Amatongas, tendo resultado em feridos graves e ligeiros.

Magumisse questionou por quê a Frelimo não tem falado dos ataques de Cabo Delgado, apesar do número elevado de vítimas.

“Somente se fala dos ataques que tem ocorrido na EN 6, mostrando claramente que há uma mão política neste assunto”, declarou.

(Correio da manhã de Moçambique)

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