Banco Moza: Normalidade

O banco central de Moçambique acaba de anunciar que o processo de recapitalização do Banco Moza, com aumento do capital e um novo acionista, foi concluído e que o banco vai passar a “funcionar normalmente com orgãos próprios”.

Num comunicado enviado por email à Redacção do jornal Correio da manhã, o Banco de Moçambique (BM) “comunica a conclusão do processo de recapitalização do Banco Moza, SA” e acrescenta que este processo só foi “possível através do aumento do capital por entrada de um novo accionista na instituição de crédito em referência”.

“Com a recapitalização e a consequente normalização da situação financeira e prudencial do Banco Moza, cessam as razões que ditaram a intervenção do regulador, no caso em apreço o Banco de Moçambique”, refere-se no comunicado.

Assim, o regulador determina “o fim das providências extraordinárias de saneamento impostas ao Moza Banco, SA e sobre a exoneração do Conselho de Administração provisório, passando a instituição de crédito a funcionar normalmente com órgãos próprios”.

O Banco de Moçambique anunciou no final de Maio a venda do Banco Moza à Kuhanha, entidade que gere o fundo de pensões dos trabalhadores do banco central, depois de em Setembro de 2016 ter intervencionado a instituição, suspendendo o Conselho de Administração e a Comissão Executiva para “proteger os interesses dos depositantes”.

“A situação financeira e prudencial do Banco Moza tem vindo a degradar-se de forma insustentável”, o que tornou necessário “reforçar as medidas extraordinárias de saneamento”, previstas na lei, para “proteger os interesses dos depositantes e outros credores”, salvaguardando “as condições normais de funcionamento do sistema bancário”, declarou na ocasião o Banco de Moçambique.

Na sequência da intervenção, o Banco de Moçambique injectou cerca de oito mil milhões de meticais  no Banco Moza, para travar um colapso e evitar “um terramoto” no sistema financeiro moçambicano.

Redacção

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