Bancos pagam Bizfirst

Os bancos comerciais moçambicanos pagaram à empresa portuguesa Bizfirst para esta restabelecer, hoje, a rede de caixas automáticas, terminais e cartões bancários do país, que estava paralisada desde sexta-feira.

A empresa gestora informática da rede desligou o sistema na sexta-feira após dois anos sem conseguir que a Sociedade Interbancária de Moçambique (Simo), detida maioritariamente pelo Banco de Moçambique (BM), assinasse contratos ou pagasse pelo serviço.

Um novo contrato foi pago por todos os bancos, proporcionalmente à dimensão de cada um, acrescentaram as mesmas fontes ligadas ao esforço, sem especificar valores ou duração do acordo.

A decisão de pagar à Bizfirst tinha sido descartada pelo governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, na terça-feira, quando foi ouvido no parlamento.

O dirigente confirmou ter participado numa reunião com bancos, onde “havia parceiros a puxar para essa via”, mas “o retorno à Bizfirst não está em vista”, disse, depois de a empresa ter cortado o serviço, anunciando que um novo fornecedor estaria a caminho de Moçambique, mas sem indicar prazos.

Hoje de manhã o cenário mudou: o primeiro-ministro anunciou que se encontrou “uma solução imediata” e que a situação “está normalizada”, referiu o governante, sem mais detalhes, durante uma intervenção a abrir a sessão de perguntas ao Governo no plenário da Assembleia da República.

O primeiro-ministro apelou aos intervenientes no setor bancário para que encontrem “soluções sustentáveis e duradouras que garantam a estabilidade e fiabilidade” da banca eletrónica moçambicana.

Numa ronda por algumas caixas automáticas da capital moçambicana, a Reportagem do Correio da manhã verificou durante as primeiras horas do dia que, apesar de já estarem ligadas e aceitarem cartões, ainda não era possível fazer levantamentos.

Em comunicado divulgado hoje, a Associação Moçambicana de Bancos (AMB) garantia que, “até ao final do dia, a larga maioria dos cartões e terminais de processamento estará já a funcionar, por todo o país, sem restrições de qualquer ordem”.

Redacção

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