BM financia Educação

O Banco Mundial aprovou um financiamento de 59 milhões de dólares norte-americanos para apoio à educação em Moçambique, visando melhorar o acesso, a qualidade e a equidade do ensino no país, anunciou a organização.

A verba foi aprovada na sexta-feira pelo conselho de directores da instituição e será canalizada pela Associação Internacional de Desenvolvimento ao Fundo de Apoio ao Sector da Educação (FASE) de Moçambique.

Na nota, a que o Correio da manhã teve acesso, o Banco Mundial indica que a educação em Moçambique enfrenta desafios em termos de baixas taxas de retenção e resultados de aprendizagem.

Por outro lado, “a actual crise financeira ameaça reverter os anos de progresso alcançados na melhoria do acesso à educação, especialmente nas áreas rurais e entre grupos de menor renda na população”.

Apesar disso, diz ainda o Banco Mundial, Moçambique registou recentemente progressos significativos na melhoria do acesso equitativo ao ensino primário.

“Entre 2009 e 2015, o ingresso líquido na primeira classe de crianças com seis anos aumentou de 67% para 83,9% e no geral, todos os anos mais crianças aderem ao sistema nacional de educação”, refere o texto.

O director do Banco Mundial para Moçambique, Mark Lundell, manifestou satisfação com a aprovação do financiamento, considerando que o mesmo vai ajudar na continuação e prestação de serviços essenciais de educação, incluindo, em particular, aos mais vulneráveis que tendem a sofrer mais em tempos de crise.

“Os fundos serão canalizados ao FASE, o qual recebe contribuições financeiras de nove doadores em apoio à implementação do Plano Estratégico de Educação para o período 2017-2019”, refere o comunicado.

Em Março, o representante do Banco Mundial em Moçambique anunciou que a instituição iria retomar este ano o apoio ao Orçamento do Estado moçambicano, prevendo investir cerca de dois mil milhões de dólares norte-americanos nos próximos cinco anos, anunciou o representante da instituição.

“A política do Banco Mundial enfatiza o apoio ao Orçamento do Estado e pretendemos retomar numa proporção mais forte e esperamos que isso aconteça até ao fim do ano ou muito antes”, afirmou Mark Lundell.

O Banco Mundial tinha suspendido a cooperação financeira com Moçambique após a descoberta, em Abril de 2016, de empréstimos superiores a mil milhões de euros contraídos pelo anterior Governo moçambicano, entre 2013 e 2014, à revelia da Assembleia da República e dos doadores internacionais.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e os principais doadores do Orçamento do Estado moçambicano também congelaram a sua ajuda ao país, condicionando a retomada do apoio à realização de uma auditoria internacional à dívida pública que ainda está por ser divulgada.

Redacção

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