Brexit

Brexit – E a 1 de Janeiro 2021 materializou-se o que o governo londrino queria, i.é., desmembrar-se da União Europeia.

Com avanços e recuos, começa uma nova Era entre o Reino Unido e os restantes países da UE. Foram 47 anos de casamento, cujo divórcio se oficializou recentemente na Suíça. Não foi fácil, pois, o povo e mesmo os membros do governo e do partido Conservador no poder, estavam divididos sobre a saída da UE, e foi preciso um “referendum” para o povo ser o Juíz final, mesmo assim, a maioria venceu por uma margem bastante pequena. Isto também custou a demissão de dois Primeiros Ministro do país, mas o partido no poder levou até ao fim, a sua teimosia.

O “Brexit” era o tópico mundial e mais falado até que o maldito vírus se sobrepôs a tudo e todos. As negociações entre o RU e UE foram acontecendo, de uma forma mais pousada.

Havia muitas arrestas por limar, como se previa, ninguém queria ceder. E, subitamente, eis que a UE aceitou mais uma vez, tudo que o Reino Unido pediu, em relação ao comércio, pesca e outros aspectos económicos. No fundo, salvaguardou os seus interesses, como acontecera anteriormente, quando o RU não aceitou o Euro como a moeda de transacção no seu território, mantendo a Libra, até a data.

Ninguém sabe ao certo o que é que o Brexit vai dar, mas é de uma forma progressiva as mudanças vão acontecer. Há muitos europeus a trabalhar e viver neste país, cujos direitos serão obviamente, protegidos. Até o progenitor do Primeiro Ministro Boris Johnson, está céptico com esta saída da UE, e disse que vai requer uma dupla nacionalidade francesa, logo que o Acordo foi assinado, porque se sente um europeu de gema!

As entradas e saídas do país serão mais controladas e haverá um tempo em que vai ser necessário usar o Passaporte e mesmo um visto! No fundo, a relação com alguns países europeus vai ficar igual, só que, será o Reino Unido a definir, quem serão os seus amigos e parceiros, e com eles definir uma estratégia de relação, com benefícios bilaterais, nos seus vários aspectos, quer comerciais quer de ordem turística e ainda outros.

A verdade é que desde 1 de Janeiro deste ano, todo o cidadão que pretenda estudar ou vir trabalhar para este país, terá que preencher alguns requisitos, ainda no país onde vive e remetê-los para a aprovação. Quer dizer, para se trabalhar, terá que ter uma carta da empresa a oferecer-lhe o emprego, com todos os detalhes e só depois da aprovação, tudo ficará concretizado. O mesmo acontecerá em relação aos estudantes, e um dos principais requisitos para viver ou trabalhar neste país, será, para além de dominar bem a língua inglesa, ser auto-suficiente em termos financeiros. O governo não vai subsidiar mais ninguém, como acontecia até agora.

Os benefícios sociais que o Reino Unido dá(va) aos cidadãos da União Europeia, foi “a pedra no sapato” que quiseram descalçar e, sem dúvidas, o busílis da questão, que fez com que estes tomassem a decisão do “Brexit”. Com isto o RU vai fazer uma tremenda poupança, nas suas finanças, que servirá para colmatar outras necessidades.

A ver vamos, o que isto vai trazer para o país e para os cidadãos europeus e porque não dizer também, para o mundo!

Fahed Sacoor

Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 04 de Janeiro de 2021, na rubrica de opinião denominado DA DIÁSPORA

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