Canto do Amor Natural
Canto do Amor Natural – A Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO) lançou, sexta-feira, 12 de Março, em Maputo, a segunda edição da obra literária intitulada “Canto do Amor Natural”, cuja publicação contou com o apoio institucional da Tmcel-Moçambique Telecom-SA, numa cerimónia que foi honrada pela presença do Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi.
Prefaciada pelo escritor Armando Artur, a obra homenageia o poeta e a sua poesia, e enaltece o seu percurso na política, que acabara, pelas circunstâncias históricas, assumindo essa condição para o resto da sua vida.
Apelidado por Kalungano, Marcelino dos Santos foi um poeta assumidamente marxista, mas que soube associar, ao mesmo tempo, a poesia à sua acção política. Daí que a poesia do poeta é um autêntico “Canto Natural”.
O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, referiu que a característica multifacetada do Marcelino dos Santos fez com que durante a luta pela independência de Moçambique os seus poemas andassem lado a lado com as armas dos guerrilheiros e que, no contexto actual do País, a cultura deve continuar a desempenhar o seu papel como factor da coesão social.
“Hoje podemo-nos orgulhar de sermos um País que possuí várias gerações de escritores que trilham este caminho desobstruído por Marcelino dos Santos e a sua geração de longos anos de dominação colonial portuguesa, por isso queremos agradecer à Fundação Marcelino dos Santos e a AEMO por nos brindar mais uma vez com estas publicações para que as presentes e futuras gerações, disponham de referências nacionais”, referiu Nyusi.
Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração da Tmcel-Moçambique Telecom-SA, Mahomed Rafique Jusob, referiu que o apoio concedido à obra deste nacionalista moçambicano representa o cometimento da empresa para com a sociedade onde está inserida, no caso vertente no apoio à cultura nacional.
“Para a Tmcel é uma honra e privilégio ter que hospedar o tão nobre momento e tão singela e indelével figura da história da Luta de Libertação para a independência de Moçambique. Desfrutem das belas obras nas quais estamos envolvidos, nas artes moçambicanas” referiu o presidente do Conselho de Administração.
O secretário-geral da AEMO, Carlos Paradona, explicou que a agremiação como casa mãe das letras em Moçambique, olha o legado dos escritores da geração do poeta Marcelino dos Santos, buscando a valorização da literatura, quer promovendo os apetecíveis prémios nacionais, quer envidando esforços virados à internacionalização dos autores nacionais.
“Com a reedição do livro a Associação dos Escritores Moçambicanos expressa uma infinita gratidão a esta geração de poetas, cuja trajectória de vida, se confunde com a história da nossa literatura e não só” concluiu Carlos Paradona.
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