Chissano confiante no diálogo

Joaquim Chissano mostrou-se hoje confiante que o diálogo entre a Frelimo e a Renamo, que actualmente está a decorrer, tenha uma solução “positiva” para permitir que o investimento e o turismo possam regressar “em força” a Moçambique.

“Continua a decorrer um debate entre delegações da Frelimo e da Renamo, com medidores internacionais, em preparação de um encontro entre o Presidente da República e o presidente da Renamo”, afirmou o ex-chefe de Estado moçambicano em Díli.

“Não sei o que vai sair daí, mas sei que vai sair boa coisa para garantir que haja paz em Moçambique, que os investimentos voltam com força”, disse, numa intervenção no IV Congresso da Fretilin, o segundo partido timorense, que hoje termina em Díli e onde, em homenagem ao seu apoio à luta pela libertação de Timor-Leste recebeu hoje o cartão de militante vitalício do partido.

Chissano considerou que no momento actual “há hesitação em trazer investimento, porque e estrada que vai do norte ao sul é interrompida no meio”, afectando vários projectos.

“O investimento diminuiu, o turismo diminuiu, por causa da falta dessas deslocações. Penso que, uma vez mais teremos sucesso, que vai permitir uma maior unidade nacional, vai permitir a consolidação da paz, que os investimentos venham e que o desenvolvimento continue a progredir”, considerou.

O ex-chefe de Estado recordou que o crescimento económico contraiu mas mostrou-se confiante na conclusão positiva das negociações com a Renamo porque “o povo todo não quer guerra em Moçambique”.

“Todo o povo está unido: não quer guerra, quer paz, quer unidade”, disse.

Chissano disse que esta é a terceira vez que a Frelimo negoceia com a Renamo, acusando os líderes da oposição de pretenderem “um regresso ao conflito armado, apenas por ganância do poder”.

“Eu digo que este retorno ao conflito armado é devido à ganância do poder por parte dos líderes da Renamo. É que eles veem para estes conflitos armados apenas depois de perderem as eleições. Cada vez que perdem eleições, tentam entrar para o poder por vias das armas”, disse.

Nesse âmbito acusou a Renamo de uma postura “inconstitucional” ao pretender defender que deve governar em províncias onde diz ter ganho nas últimas eleições, que “não foram para governadores mas para deputados na assembleia”.

Fonte: Lusa

 

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