Covid-19 é o novo membro
O Mundo tem mais de sete mil milhões de habitantes e a
COVID-19 é o novo membro da família com o qual a população mundial deve conviver todos os dias bem ou mal.
O novo membro é muito violento. Oficialmente nasceu em Dezembro de 2019 algures na China e cedo viajou para outros cantos do mundo.
Com violência matou mais de 2.500 irmãos e irmãs na África do Sul. O Fundo Monetário Internacional estima que cerca de 40 milhões de pouco mais de mil milhões de africanos estão na iminência de caírem no poço da indigência empurrados pela COVID-19.
Os líderes mundiais em defesa dos seus povos tomaram medidas de prevenção. Decretaram estado de calamidade e ou de emergência, fecharam fronteiras e ditaram regras de distanciamento, mas o novo coronavírus mostrou que veio mesmo para ficar entre nós na sociedade.
A China, berço oficial do novo membro, relaxou as medidas de combate. Seguiu-se a Europa, América e África.
A vida regressa à normalidade, com escolas, restaurantes e serviços sociais abertos ao público.
Foi quase mesma coisa com a malária, tuberculose e HIV/SIDA. No início houve muita resistência para conviver com elas na sociedade dada a violência mortífera das suas acções, mas depois a gente conformou-se. Somos todos famílias.
Cada vírus impõe suas regras na sociedade. Com o flagelo secular da malária nas regiões tropicais, as populações são aconselhadas a limparem terrenos adjacentes às suas residências, eliminar charcos e usar redes mosquiteiras.
Contra HIV, recomenda-se a redução de parceiros sexuais e uso de preservativos. COVID-19 impõe uso de mascaras, distanciamento social, etiqueta de tosse e lavagem regular de mãos com sabão.
A Terra nunca foi lugar de paz permanente para seres humanos.
O Homem é um animal violento. Mata, estupra e violenta outro Homem na mesma sociedade que partilham.
Nas últimas três semanas, mais de 20 mulheres foram brutalmente assassinadas por parceiros ou relacionados na África do Sul.
Na região Norte de Moçambique, dizem que mais de mil pessoas foram assassinadas nos últimos três anos e outras mais de 100 mil forçadas a abandonarem as suas zonas de origem pela violência de homens armados que o governo moçambicano dera nomes de insurgentes, malfeitores e agora terroristas.
A COVID-19 também teve nome. Foi chamado inimigo sem rosto.
Um padre católico de origem italiana disse ao Rancor do Padre que o COVID-19 traz muitas vantagens para sociedade.
Obriga seres humanos a pensarem em melhores formas de vida, criando oportunidades para o aproveitamento de iniciativas singulares e colectivas em prol do bem-estar na sociedade.
Mostra fragilidades económicas, sociais e de desenvolvimento de infra-estruturas. Mostrou que Estados Unidos da América, estado polícia do Mundo, afinal é tigre de papel.
A Europa afinal é pobre, moralmente, que deixou muitos idosos morrer sozinhos em centros de apoio à velhice.
COVID-19 instalou-se entre nós como novo membro da família.
THANGANI WA TIYANI
Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, na sua edição de 01 de Julho de 2020, na rubrica semanal O RANCO DO POBRE
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