Crime e violência na RAS

Crime – Quase todos os países africanos foram colonizados por europeus, com a excepção da Etiópia, que dizem que foi temporariamente ocupada.

Alguns países libertaram-se do colonialismo através de lutas armadas de libertação e outros alcançaram suas respectivas independências sem guerras.

A África do Sul foi parcelada por ocupantes holandeses e britânicos e depois ficou sob dominação da minoria branca de origem holandesa até 1994.

Durante o regime racista, muitos sul-africanos morreram em confrontos de motivação política com as forças do governo minoritário branco, mas o crime de delito comum era considerado relativamente baixo.

Nos últimos anos, a África do Sul tornou-se um dos países mais perigosos e violentos do Mundo fora das zonas de conflitos armados, como Síria, Iraque ou Afeganistão. Dados oficiais da Polícia indicam que pelo menos 50 pessoas morrem por dia na África do Sul em circunstâncias de crime violento. Desde 2011, 80 líderes políticos comunitários foram brutalmente assassinados na província de KwaZulu-Natal (KZN).

Nos primeiros cinco meses de 2018 foram registados mais de 100 ataques contra viaturas de empresas de segurança privada transportando grandes quantidades de dinheiro.

A Polícia desenterrou há uma semana mais de um milhão de randes num quintal de uma residência de um agente de segurança privada ligada ao transporte de dinheiro vivo.

Alguns analistas consideram que o elevado nível da criminalidade na África do Sul é o reflexo do legado do regime repressivo do apartheid, de desigualdades sócio-económicas e da elevada taxa de desemprego no país.

Eu descordo completamente. Moçambique e Angola alcançaram suas respectivas independências através de lutas armadas menos santas. Os dois países foram depois assolados por violentos conflitos armados patrocinados pelo então regime racista do apartheid.

As desigualdades sócio-económicas e financeiras nos dois países são enormes. As nomenclaturas políticas e seus associados ostentam a riqueza no meio de extrema pobreza nas comunidades.

O desemprego da juventude em Moçambique e em Angola é muito elevado. No entanto, apesar desta situação, o nível da criminalidade é relativamente muito baixo em relação à África do Sul.

Cientistas sociais e ou políticos devem procurar outros argumentos para justificarem a crueldade dos sul-africanos que agrava o rancor do pobre.

THANGANI WA TIYANI

Este artigo foi publicado em primeira mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, edição de 30 de Maio de 2018, na rubrica semanal O  RANCOR DO POBRE

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