DDR: Desarmados 38 Homens

DDR: Pelo menos 38 guerrilheiros da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) entregaram as armas em Savane, província central moçambicana de Sofala

 “Trata-se do relançamento de um processo (de DDR) que começou com a assinatura do acordo [de paz] em Agosto do ano passado”, disse o porta-voz da RENAMO, José Manteigas.

A desmobilização deste grupo está a ser feita por fases, devido às medidas de prevenção contra a pandemia da covid-19.

A primeira fase decorreu na quinta-feira e foram abrangidos 20 guerrilheiros, que entregaram as armas e foram oficialmente reintegrados na vida civil.

Na segunda fase, que decorreu hoje na presença do chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, e do presidente da RENAMO, Ossufo Momade, e previa-se o desarmamento de mais 18 guerrilheiros, ainda no contexto do DDR.

“Estes combatentes estão a ser desmobilizados, mas isso tem de ser de forma digna e humanizada. Temos garantias da parte do Governo e da comunidade internacional que estes indivíduos serão apoiados para que levem a sua vida normalmente”, acrescentou.

Na quinta-feira, o ministro da Defesa Nacional de Moçambique, Jaime Neto, empossou Aníbal Rafael Chefe, um oficial da guerrilha da RENAMO, no cargo de director do Departamento de Comunicações no Estado-Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).

Antigo Capitão-de-Mar-e-Guerra, Chefe foi promovido ao posto de Comodoro no passado dia 23 de Maio, na Presidência da República, pelo chefe de Estado Filipe Jacinto Nyusi, na sua capacidade de Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS) de Moçambique.

A nomeação de Aníbal Chefe para as novas funções surge no âmbito do preenchimento da vacatura, por morte, do Brigadeiro Araújo Andeiro Maciacona, antigo combatente da Resistencia Nacional Moçambicana (RENAMO).

Durante a cerimónia de investidura de Chefe ao novo cargo, o ministro da Defesa Nacional de Moçambique, Jaime Neto, salientou que a medida se enquadra nos “esforços empreendidos por Sua Excelência Filipe Jacinto Nyusi, Presidente da República, Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança e o Líder da RENAMO, no que tange ao processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração dos homens da RENAMO (DDR)”.A 03 de Dezembro do ano passado, 10 oficiais da RENAMO passaram a incorporar as fileiras do Comando-Geral da Polícia moçambicana, no âmbito do processo de pacificação.

Filipe Nyusi e Ossufo Momade assinaram do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional em 06 de Agosto de 2019.

Em março, Ossufo Momade disse que o desarmamento (DDR) vai abranger 5.000 guerrilheiros da RENAMO e que o processo iria “arrancar em breve”, mas a pandemia de covid-19 levou à instauração de um estado de emergência em Moçambique.

Actividades públicas e aglomerações estão suspensas enquanto durarem as restrições.

 (Correio da manhã de Moçambique)

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