Défice de salas de aula

São mais de seis mil alunos que vão iniciar o ano lectivo ao relento e escrevendo sobre joelho devido a insuficiência de salas de aula e carteiras.

Este triste cenário far-se-á sentir com cavado impacto nos distritos de Massinga, Morrumbene, Homoíne, Jangamo e cidades de Inhambane e Maxixe, onde não há dúvidas que muitas crianças estarão expostos ao sol, chuva e vento, enquanto há quem esbanja recursos se locupletando em acções banais.

Estas regiões foram dilaceradas pelo ciclone Dineo que afectou a província a 15 de Fevereiro de 2017, destruindo mais de duas mil salas

A reposição destas infraestruturas escolares afigura-se difícil, alegadamente devido a limitações financeiras segundo avançou a Directora de Educação e Desenvolvimento Humano em Inhambane, Palmira Palma Pinto.

Os dados apontam para mais de sessenta salas necessárias para albergar os seis mil alunos que vão frequentar as aulas debaixo de árvores em Inhambane.

Ainda temos salas destruídas pelo ciclone que não foram recuperadas mas acreditamos que com o envolvimento dos pais a situação será minimizada”, garantiu Palmira Palma Pinto.

Palmira acrescentou que a experiência de outros anos é que os encarregados se envolvem na edificação de salas com base em material precário ou misto o que tem resultado na libertação de muitas crianças do chão e ao relento.

Outro problema com que o sector de educação se debate é a insuficiência de professores para garantir o processo de ensino e aprendizagem sendo que este ano há um défice de mil e quinhentos docentes.

Com este défice a ginástica será maior para a lecionação dos pouco mais de quinhentos mil alunos matriculados para o presente ano lectivo na província de Inhambane.

Para já a saída encontrada é atribuição de horas extraordinárias aos professores existentes embora se reconheça que a qualidade pode não ser a desejada.

João Paulo, nosso correspondente em Inhambane

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