Aos delegados de candidatura do candidato do povo

A história não se pode repetir. Quem coloca dinheiro em primeiro lugar magoa-se nas suas próprias decisões. O dinheiro é consequência de um trabalho árduo e forma de descanso. 

No primeiro dia da campanha eleitoral, 24/08/2024, vi numa página do advogado do candidato Venâncio Mondlane um anúncio de pedido de colaboração dos moçambicanos apoiantes da causa de levar o VM7 à “Ponta Vermelha”. Não estavam especificados os valores, mas dava para notar a preocupação extrema. 

Tentei rebuscar a história do país e caí na geração 25 de Setembro, onde o espírito de sacrifício era norteador e, com ele, o país ficou liberto do colono português. Estes senhores não recebiam nada, muito pelo contrário, davam de si em nome do patriotismo e busca do bem comum e, hoje, o país está livre da escravidão externa, embora a interna ainda nos persiga. 

Nesta carta, queria convocar aos delegados de candidatura a serem voluntários sem esperar nada em troca. Em cada mesa, três voluntários para garantir o controlo pleno. E não só se voluntariar, é preciso saber que essa missão é nobre e visa salvar Moçambique. Pode ser uma missão sem volta, mas terá sabor a mel.

O herói não é apenas aquele que aperta o gatilho, mas também aquele que dá de si em prol dos outros. Que entende o silêncio, esmiuça o silêncio, resignifica o silêncio, interpreta o silêncio, ausculta o silêncio e torna o silêncio o lugar de fala onde muitos não se encontram.

Cada delegado deve ter na pasta marmita para garantir a sua refeição. Se o candidato conseguir prover algo, melhor. Outros para libertar o país tiveram de ir à mata, perder noites, passar frio, fome e com o risco de não voltar para casa vivo. Era um tempo em que só as cartas faziam sentido. Muitos voltaram para casa apenas o nome num papel de A5. Triste. Não é?

Você, jovem, a sua arma deve ser a sua marmita dentro da mochila, o seu olho para controlar o voto, a sua caneta para anotar tudo. Não durma, se não o sono lhe trairá. Não traia se não o futuro lhe pesará. A juventude que não luta hoje será a geração de idosos inúteis.

Se a causa é libertar o país, que a missão seja o foco. Se o desejo é salvar o país, que a vontade de fazer parte da história seja prioridade. Lembre-se que os covardes, medrosos, trafulhas, não entram na história, só os fortes escrevem os seus passos e a sua trajectória. 

A revolução não é apenas fazer marchas e manifestações, mas levar a sua mandioca, karakata, tapioca, cacana, peixe assado, merenda para defender a causa do povo moçambicano. Não é agora por falta de pagamento aos delegados de candidatura que o país pode deixar de ser salvo. Pois entender a missão é o primeiro passo para a sua adesão.

Na sua localidade, posto administrativo, distrito, província, município, bairro, pode voluntariar-se e fazer a diferença. Agora é a sua vez de fazer o possível. Não há sucesso sem sacrifício, mas também não há sacrifício sem objectivo. 

Qual o objectivo de se voluntariar a delegado de candidatura do VM7?

JÚNIOR RAFAEL OPUHA KHONLEKELA

Este artigo foi publicado em primeira mão na edição em PDF do jornal Redactor do dia 28 de Agosto de 2024.

Caso esteja interessado em passar a receber o PDF do Redactorfavor ligar para 844101414 ou envie e-mail para correiodamanha@tvcabo.co.mz 

Também pode optar por pedir a edição do seu interesse através de uma mensagem via WhatsApp (84 3085360), enviando, primeiro, por mPesa, para esse mesmo número, 50 meticais ou pagando pelo paypal associado ao refinaldo@gmail.com.

Pode, também, seguir o Jornal Redactor no facebook 

https://www.facebook.com/Redactormz

Compartilhe o conhecimento
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *