Efeito cascata

Efeito cascata é, segundo os entendidos, o nome dado para eventos sequenciais ou episódios em cadeia que geram consequências em função de um facto gerador.

É sabido e sempre se disse que desde que Moçambique engrenou para as eleições multipartidárias, periodicamente, elas têm sido caracterizadas por fraudes, mas as autárquicas deste 2023 foram as que conheceram contornos mais descarados jamais assistidos.

E o efeito cascata disso não tardou.

Se antes se praticavam fraudes, das mais variadas, com alguma “decência”, os pleitos autárquicos deste 2023 vieram mostrar que é escusado disfarçar, porque tudo indica que alguém ou um certo grupo bem organizado está a conseguir transformar Moçambique numa verdadeira “república das bananas”.

Sempre ocorreram e ouviu-se falar de fraudes académicas, corrupção em lugares públicos, tais como repartições, mas as coisas pareciam ocorrer de forma dissimulada. Todavia, nos últimos dias, todos fazem as coisas como se diz na gíria “sobre o telhado”.

Saberão os que têm filhos e/ou educandos que na semana que hoje termina tiveram exames escolares que estes foram um verdadeiro festival de fraude: em muitas escolas o aluno que tivesse dificuldades ao longo da avaliação, para transpô-la, com um mínimo de 100 MZN, recebia o “auxílio” do professor/vigilante presente na sala. E a isso alguns docentes deram nome. ENCHIMENTO.

Está em curso o processo de inscrições para o acesso ao ensino superior dos finalistas do nível médio e muitos adolescentes e jovens devem tratar do Número Único de Identificação Tributária (NUIT). Porque a demanda é forte alguns funcionários da Autoridade Tributária de Moçambique encontraram uma “janela de oportunidade” para “empreender”.

Se não entra no esquema dizem que a atribuição do NUIT apenas surtirá efeitos num mínimo de 15 dias, mas se “agilizar o processo” com uns 100 MZN “já está”, numa questão de segundos. E riem-se na cara do pai ou encarregado de educação depois de “ajudarem” a obter o NUIT do filho ou educando. E, cinicamente, a isso até dão um nome: ACÓRDÃO.

Nas rodovias é um autêntico vê se te avias… e com alguns “samoras” o automobilista e os agentes reguladores de trânsito encontram “unanimidades” como os sete venerandos do CC.

Quem acompanha, mesmo sem muita atenção, os episódios que estão a acontecer no desporto nacional, com maior enfoque para o futebol, pode notar que o efeito cascata de fraudes está, igualmente, a inquinar o ambiente por esta esfera.

E, como nesta “Pátria maltratada” se diz uma coisa e se faz exactamente o contrário, algum magistrado sendo vaiado e/ou sendo ignorado até por “descamisados” mesmo nas zonas recônditas deste cantinho vai fingir espanto e se indagar “afinal o que eles querem?”, como se não soubesse o que ele e o grupo que comanda andam por aí a plantar.

Tudo, bom e/ou mau, tem o seu efeito cascata.

Mas ainda podemos corrigir este descalabro, querendo, de verdade.

Estou a falar só!

A MINTHIRU IVULA VULA KUTLHULA MARITO! Os actos valem mais que as palavras! Digo/escrevo isto porque ainda creio que, como em anteriores desafios, Moçambique triunfará e permanecerá, eternamente.

REFINALDO CHILENGUE

Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 01 de Dezembro de 2023, na rubrica TIKU 15.

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