Em medo vivemos e por ele morremos
Em medo vivemos e por ele morremos
Lembro, certa vez, de escutar a crónica do Kant de Voronha com o título Não há comida para cristãos. Este título fez-me reflectir muito nos dias actuais…
Quando um cristão morresse, a família chorava duplicando: por um lado, pela morte do seu ente querido e, por outro, por ter de fazer contas sobre como alimentar os cristãos e embebedá-los. Ou, por outra, a morte de um irmão era festa para os improdutivos em nome da fé. Os ímpios aproveitavam-se da fé para saquearem o que a família não tinha.
Isto fazia com que os cristãos abandonassem as obras de caridade e servissem o momento como se de salário se tratasse. Isso mostrava a falta de sabedoria e ausência de sentimento da pessoa humana.
Também tenho reflectido sobre o aforismo popular “não há pão para maluco”. Se não há “comida para cristãos e pão para malucos”, então, não pode haver voto para aldrabões, cínicos e gananciosos.
A nação é feita pelos corajosos e gente focada. O medo não tem sido bom amigo e menos um bom aliado. Não adianta fecundar ideias opressoras em nome de um futuro melhor que nunca chega.
Se não morremos pelo medo, vivemos em medo e dele nos permitimos ser reféns do sistema déspota e abusivo. Não há voto para mentirosos e muito menos vitória para os covardes.
A verdade é uma refeição que se degusta quente. É preciso pensar na situação do seu bairro, sua família, seu distrito, sua província, as vias de acesso, entre outras coisas que saíram fora do controlo.
“Não há comida para cristãos”. “Não há pão para malucos” e, logo, “não há e não haverá vitória para os gatunos”.
JÚNIOR RAFAEL OPUHA KHONLEKELA
Este artigo foi publicado em primeira mão na edição em PDF do jornal Redactor do dia 01 de Agosto de 2024.
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