Escritas adulteradas

Escritas adulteradasEsta foi contada por um meu grande amigo jornalista. Ele não tolera coisas mal feitas e deixadas à vista de todos e logo num aeroporto internacional.

Disse que estava a vir de uma viagem no Domingo, 22 de Abril de 2018, e quando chegou ao Aeroporto Internacional de Maputo, na secção da Migração onde se faz o controlo de passaportes dos passageiros, recém-desembarcados, viu uma, duas ou três placas com escritas adulteradas. Numa das placas lê-se RANGEIROS, assume-se que antes estava escrito ESTRANGEIROS e porque as primeiras três letras desapareceram então ficou RANGEIROS. Na mesma placa, palavras escritas em língua inglesa lê-se NON-RE DE , assume-se que estava NON-RESIDENTE. Então com o desaparecimento de algumas letras o sentido das palavras ficou adulterado e num postal da entrada para o país.

O meu amigo jornalista disse que tentou alertar a oficial da Migração que lhe atendeu, mas ela respondeu que era problema da empresa Aeroportos de Moçambique.

Nem eu e nem o meu amigo jornalista temos ideia dos custos da reposição das letras desaparecidas. Apenas sabemos dizer que fica muito feio deixar escritas adulteradas no Aeroporto Internacional de Maputo.

As escritas não foram postas ali por acaso, elas transmitem informação útil para as pessoas que chegam do estrangeiro. Mas por simples desleixo de gestores da empresa Aeroportos de Moçambique a informação útil ficou deturbada.

O meu amigo dissera uma vez que estava desapontado com a falta de promoção do nome e da imagem da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), da qual Moçambique faz parte por parte das autoridades do governo moçambicano.

Nos países da Europa comunitária flutuam pelo menos duas bandeiras em várias instituições: uma nacional e outra da União Europeia.

Nos aeroportos há escritas em letras garrafais nas secções da Migração indicando guichés de atendimento para passageiros provenientes dos países da União Europeia e outros para não membros.

Ele disse que as crianças moçambicanas em idade escolar com acesso à televisão devem conhecer melhor a bandeira da União Europeia do que a da SADC, organização da qual o seu país faz parte.

Segundo ele, Graças a Deus todo poderoso ultimamente há sinais da promoção da bandeira nacional em visitas presidenciais nas províncias. Nas nossas conversas ele dizia que no passado recente via-se mais as bandeiras dos partidos políticos do que o símbolo da nação de todos.

THANGANI WA TIYANI

Este artigo foi publicado em primeira mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, edição de 25 de Abril de 2018, na rubrica semanal O Rancor do pobre

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