Filhos: o que fazer?
Filhos: A educação moçambicana vive uma crise e que tem piorado na última década (Cm N.º 5168, pág. 4).
Contrariamente ao que hoje se assiste, nos tempos que lá se vão, os pais cobravam o desempenho escolar dos filhos e não dos professores.
Salientar que isto acontece porque alguns dos pais se esquecem de que educar é um gesto de amor. Mesmo quando corrigimos, os filhos precisam de ver que a intenção não é punir, mas trazê-los de volta para o caminho que consideramos mais adequado para eles.
Também porque até certa idade quem define o caminho dos filhos são os pais conforme alerta a pedagoga Auilo (2012, pág. 1).
Isto é: o futuro começa quando o pai conversa com o filho sobre as suas capacidades e desejos, incentiva-o a preparar-se para a vida fazendo de tudo o que pode fazer hoje.
Salientar que há três atitudes muito frequentes que você, como pai, não deve tomar, se deseja que o seu filho desenvolva sem grandes traumas em ambiente escolar;
Primeiro dizer que “você é burro!”, “você não aprende”. Se o seu filho acredita em você, chega a ser um crime, sendo o pai uma pessoa de grande importância, se você que é pai o desestimula, não a escola que fará o papel contrário.
O que os nossos filhos precisam é de se sentirem acolhidos e estimulados pela família, nesse sentido a família deve explicar quanto a formação escolar é importante para o futuro.
Temos de dizer aos nossos filhos que todos os que protagonizaram grandes feitos hoje ou no passado tiveram de ter disciplina para atingir as suas metas.
Segundo: dizer ao seu filho que o professor dele é burro, dizer ao seu filho que o professor dele é incompetente, de nada ajudará ao seu filho a desenvolver-se seja como estudante, seja como homem do amanhã, apenas continuará a ser ineficiente nos seus estudos, pois este tem uma concepção errada do seu professor.
Terceiro: outro comentário a evitar junto do seu filho é, por exemplo, “a tua escola não presta”. Talvez não seja a escola que não presta. Lembre-se que um bom aluno é bom em qualquer lugar, daí que vários pedagogos indicam que os pais devem uma boa conversa com a coordenação pedagógica para entender as exigências da escola, os procedimentos de avaliação, como é a relação dos seus filhos com os professores e colegas e principalmente o que a instituição pensa dele como estudante.
Muitos pais concentram-se muito nas notas, ao invés do progresso, pois ser professor não é fácil.
O trabalho de docência requere longas horas de preparação dos conteúdos a ministrar.
Um pai deve, por conseguinte, criar um vínculo de comunicação. Esperar que o seu filho vire adolescente para participar da educação dele.
Enfim, ajude o seu filho a descobrir a fórmula ideal de estudo, porque os nossos filhos precisam é de apoio, com palavras como “você consegue, por isso espero mais de você”. Isso vai despertar a expectativa positiva dos pais junto dos filhos.
Sara Jacinto Bulo*
* Licenciada em Ciências de Educação
Este texto foi publicado em primeira mão na versão PDF do Correio da manhã no dia 10 de Outubro de 2017, na rubrica semanal REFLEXÃO PROFUNDA