Fraca adesão

O cônsul-geral de Moçambique em Joanesburgo, Damasco Mathe, está agastado com a fraca adesão e lançou um apelo vigoroso aos líderes das comunidades dos emigrantes moçambicanos na África do Sul para mobilizarem os emigrantes sem documentos no sentido de irem tratar documentação nos consulados em Joanesburgo, Pretória, Nelspruit, Durban e Cidade do Cabo.

Falando num encontro promovido pelo Secretariado do Comité de Zona do partido Frelimo na África do Sul com líderes das comunidades, Damasco Mathe mostrou-se agastado com a fraca afluência no processo de entrega de dados individuais para efeitos de emissão de certidões de nascimento, bilhetes de identidade e de passaportes biométricos.

Mathe disse que nesta altura de crise económica, o Governo fez esforço e gasta muito dinheiro com as brigadas dos funcionários da Migração e da Identificação Civil que trabalham há mais de duas semanas nas cinco regiões consulares.

O cônsul-geral revelou que a pedido do Governo moçambicano, o Governo da África do Sul autorizou na sexta-feira a deslocação das equipas aos bairros para a recolha de dados e pediu maior colaboração dos líderes para mobilizarem os liderados.

“Não faz sentido as brigadas irem a Tembisa, Twatwa, Springs ou Boksburg só para apanharem 10 pessoas”, exemplificou o representante consular moçambicano.

Para Damasco Mathe, se as equipas não conseguirem registar maior número de pessoas “a responsabilidade será nossa”.

Segundo o cônsul-geral, há pessoas que aparecem sem requisitos para obtenção de documentos moçambicanos.

Os consulados responsabilizam os líderes das comunidades para testemunharem se os interessados são mesmo moçambicanos ou simples oportunistas.

Só no Consulado-geral em Joanesburgo até último fim-de-semana 25 pessoas tinham sido testemunhadas, mas o seu registo fica pendente à espera de confirmação dos registos e notariados em Moçambique.

Os líderes comunitários agradecem o envio de equipas fora de períodos eleitorais, mas consideram que com a aproximação da quadra festiva as pessoas estão atrapalhadas com a preparação de viagens de regresso à casa para passarem as festas com os seus familiares.

O processo de recolha de dados termina no dia 15 deste mês e as equipas vão regressar a Maputo para processarem os dados recolhidos.

A entrega dos documentos está prevista para finais de Janeiro ou meados de Fevereiro de 2017.

 

Thangani wa Tiyani

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