Funeral de Castro
Os restos mortais do líder da revolução e ex-Presidente cubano Fidel Castro já foram deixados no cemitério de Santa Ifigenia de Santiago de Cuba, onde foram depositados durante um acto privado sem acesso à imprensa.
A urna em que seguiam as cinzas de Fidel Castro saiu já vazia do cemitério, cuja entrada esteve até ao princípio da noite deste domingo bloqueada, numa altura em que centenas de pessoas aguardavam à porta para entrarem, segundo reporta a agência Efe.
O cortejo fúnebre com os restos mortais do antigo Presidente de Cuba, que morreu aos 90 anos de idade a 25 de Novembro, chegou no sábado a Santiago, depois de nos últimos quatro dias percorrer os quase mil quilómetros que separam a capital, Havana, da cidade natal de Fidel Castro.
Principal estrada de Luanda chama-se Fidel Castro
Entrentanto, a principal estrada rápida de Luanda, com uma extensão de 67 quilómetros, ostenta desde sábado, o nome de Fidel Castro, em reconhecimento do papel do líder cubano na independência de Angola, informou o Governo angolano.
Por decisão do executivo, Angola cumpriu domingo um dia de luto nacional, com as bandeiras a meia haste, pela morte do histórico líder cubano Fidel Castro, que o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, considerou como o “maior amigo” do país.
Com três faixas de rodagem em cada sentido, a via expressa Cabolombo-Viana-Cacuaco é uma das principais estradas do país, permitindo escoar o trânsito ao longo dos municípios de Belas, Viana e Cacuaco, numa província com quase sete milhões de habitantes.
Por iniciativa do Governo angolano e do Governo Provincial de Luanda, aquela via é desde sábado denominada oficialmente de “Comandante-em-chefe da Revolução Cubana Fidel Castro Ruz”.
Uma “singela homenagem de respeito e admiração à grandeza da figura de um dos maiores políticos revolucionários que mais marcou o século passado”, declarou, durante o acto de descerramento da placa, o ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, general Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”.
Na sexta-feira, na abertura da reunião ordinária do Comité Central do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), José Eduardo dos Santos pediu um minuto de silêncio em homenagem ao líder cubano Fidel Castro, falecido há uma semana e aliado histórico daquele partido.
O presidente do MPLA destacou que Fidel Castro “foi o maior amigo de Angola” e uma “figura histórica” do movimento revolucionário.
“Ajudou o povo angolano a conquistar a independência. A defender essa independência. A defender a integridade territorial e todas as conquistas então alcançadas”, enfatizou José Eduardo dos Santos.
Redacção com agências