Futuro de Ramaphosa deverá ser conhecido esta segunda-feira
Futuro de Ramaphosa deverá ser conhecido esta segunda-feira, quando terminar uma reunião do Comité Executivo Nacional (NEC na sigla em inglês) do Congresso Nacional Africano, convocada expressamente para deliberar sobre a sorte do actual líder do partido ANC e chefe de Estado sul-africano.
Este encontro foi adiado por duas vezes (sexta-feira e domingo), naquilo que analistas consideram como uma táctica de ganhar tempo, enquanto se busca uma saída airosa para a o escândalo em que se meteu Matamela Cyril Ramaphosa, o “Farmagate”.
Este domingo (04 de Dezembro) esteve reunido o Comité Nacional de Trabalho (NWC) do partido, que deverá produzir recomendações para a reunião do NEC.
Cyril Ramaphosa até esteve na abertura da reunião do NWC, composto por cerca de 20 membros, mas saiu rapidamente e disse a jornalistas que “como a agenda é o sbre o caso Phala Phala prefiro não participar para permitir que os membros discutam e decidam livremente”.
Ao que tudo indica Ramaphosa e o ANC vão optar por levar o caso aos tribunais, numa altura em que cresce a pressão para que Ramaphosa abandone o Union Buildings, em Pretoria. Só que os seus aliados preferem que tudo vá até as últimas consequências (ver versão do PDF do Redactor, desta segunda-feira, 05Dez2022).
O posicionamento do NEC, após a reunião desta segunda-feira, vai guiar como a bancada do ANC vai proceder no debate do relatório do Painel Independente, no Parlamento, a partir desta terça-feira (06 de Dezembro).
O Painel Independente concluiu que Ramaphosa pode ter violado a Constituição e as leis anticorrupção na gestão do caso de roubo de avultadas somas de dinheiro, em moeda estrangeira, na fazenda de Phala Phala, na província de Limpopo, próximo de Moçambique.
Praticamente desde o dia da divulgação do relatório, 1 de Dezembro, o Presidente Cyril Ramaphosa suspendeu a sua agenda, estando envolvido em intermináveis encontros de consulta, antes de anunciar a sua decisão.
Na quinta-feira passada (02 de Dezembro) Ramaphosa estava prestes a anunciar a resignação, mas foi persuadido a não o fazer. (Futuro de Ramaphosa)
RAULINA TAIMO, correspondente na África do Sul