Grupo armado ataca

Grupo armado ataca Nhamatanda e rouba medicamentos e bens de pacientes e profissionais, sem causar danos humanos.

Os atacantes incendiaram, ainda um posto de saúde naquela localidade situada na província central moçambicana de Sofala, de acordo com a rádio pública.

O ataque aconteceu na quarta-feira em Chiedeia, distrito de Nhamatanda, na província de Sofala, de acordo com António Manuel, chefe de localidade, citado pela Rádio Moçambique, sem especificar a origem do grupo.

Segundo aquele responsável, “não houve registo de mortos nem feridos”.

Os agressores entraram nas instalações onde se apoderaram de medicamentos, telemóveis e dinheiro dos funcionários em serviço e também dos pacientes internados.

Em seguida, o grupo de atacantes deitou fogo às instalações e colocou-se em fuga.

O chefe de localidade apelou a um “reforço de vigilância” por parte dos residentes para evitar novas investidas deste tipo.

O incidente aconteceu na zona do Centro do país onde alguns distritos têm sido palco de ataques atribuídos a ex-guerrilheiros rebeldes da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) que já provocaram mais de 20 mortos desde Agosto de 2019.

Na semana passada foi retomado o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) de guerrilheiros da RENAMO, contestado por uma facção dissidente deste partido, liderada pelo major general Mariano Nhongo, que ameaça prosseguir com acções armadas em protesto contra o novo líder da “perdiz”, o general Ossufo Momade.

Mariano Nhongo disse na semana passada que o DDR em marcha é “nulo e sem efeito” porque trai o sonho do falecido líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, morto no dia 03 de Maio de 2019, em Sofala, alegadamente vítima de doença.

“O que eles [Filipe Nyusi (Presidente da República) e Momade] estão a fazer não é nada. Os próprios guer­rilheiros que estão a entregar as armas depois vão juntar-se a nós”, jurou, Mariano Nhongo, em contacto telefónico com jornalistas baseados na cidade portuária da Beira, Centro de Moçambique.

O general renegado da RENAMO exige uma renegociação do acordo de desarmamento dos elementos residuais da guerrilha que durante décadas foi presidida por Afonso Dhlakama.

O acordo que está a nortear este DDR foi depois finalizado em Agosto de 2019 pelo novo presidente da RENAMO, Ossufo Momade que, no entender de Nhongo, não coincide nem no espírito nem na letra daquele que estava a ser negociado por Dhlakama.  

(Correio da manhã de Moçambique)

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