“Camarada” Guebuza de libertador a gangster?

Guebuza: Aos poucos, nas calmas, na coreografia da construção do almejado Estado de Direito democrático alguns sinais começam a encorajar aos “doadores”, os verdadeiros e soberanos donos dos países dependentes em mais de metade do seu apoio aos seus parcos orçamentos.

A audição de Armando Emílio Guebuza,  na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), em torno das dívidas contraídas pela “Turma” do antigo chefe de Estado é um desses sinais aos “doadores” que continuam a querer saber do destino do dinheiro que endividou o país, de modo a que possam voltar a abrir os seus cordões à bolsa.

Entre muitas coisas e, pelo que já é de domínio público, Armando Guebuza terá justificado que a contração da dívida ilegal – sem conhecimento dos moçambicanos a quem jurou servir e defender durante dois mandatos – terá sido derivada em nome da defesa da integridade da soberania que estava sendo ameaçada a vários niveis.

Entretanto, um dos “donos” da soberania, no caso o Fundo Monetário Internaciol (FMI), não foi informado dessas transacções, que até estão detalhadas nos garantias dos empréstimos que deram à luz, quase em nado morto, das empresas Ematum, Proíndicus e MAM!!!

Porém, Manuel Chang, o seu fiel escudeiro da missão com requintes de gangsterismo, já saiu em praça pública para justificar que essa “bolada” tinha sido o seu “maior pecado”. Que pecado é esse que Armando Guebuza não partilha com a CPI e com os demais interessados, no caso os “doadores” e os moçambicanos, sendo de gema ou de raiz?

Em tempo útil os moçambicanos tomaram conhecimento que para a defesa da tal soberania, um dos rebentos de Armando Emilio Guebuza, o tal Mussumbuluko Guebuza foi uma das figuras destacadas do processo de negociação para a obtenção de armas, tendo para tal posado para uma sessão de fotografias para a posteridade para não deixar dúvidas…

Será que a Comissão Parlamentar de Inquérito colocou essa questão ou então ficaram a ouvir das lições do libertador – como disso o Canal de Moçambique deu conta – que passou pelas masmorras da PIDE até desaguar na Tanzânia para ajudar a libertar o país?

Fazer parte do processo da libertação do país dá estatuto para mandar o seu rebento tratar de assuntos sensíveis do Estado? Ou estávamos numa monarquia não declarada e todos nós não sabíamos?

Esse processo de libertar o país dá direito a pegar em assuntos de interesse público como no caso da Star Times e os seus afins na migração digital e endossar isso à sua filha e para a Holding da sua família?

Com todos estes cenários e já que perguntar não ofende: “Camarada” Guebuza de libertardor a gangster?

 

Luís Nhachote

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