Guerra de dinheiro nas ONG’s?

ONG’s -Circula, há alguns dias, uma carta de um recém criado “Comité de Seguimento da Sociedade Civil”, liderado pela veteraníssima activista Alice Mabota, da Liga dos Direitos Humanos.

Esse comité levanta em carta protestataria, o véu ao ambiente que se vive entre as Organizações da chamada Sociedade Civil e, pelo conteúdo da mesma, muito facilmente se depreende que a origem da ‘briga’ é  a ‘divisão do bolo’, e de alegadas imposições de “agendas Ocultas” por parte das organizações, que fazem a intermediação da distribuição dos recursos dos contribuintes dos países que financiam as actividades no país.

Porque as friccões estão ao rubro e para não haver equívocos, a carta protestataria foi entregue ao governo, a várias embaixadas e organismos internacionais para que todos tomassem conhecimento do que esta a acontecer por causa do dinheiro…

Sabe-se que os parceiros de cooperação de Moçambique que têm sido o tradicional financiador das mesmas ONG’s, icncluindo do próprio Governo, que foi preterido por causa daquela dívida que um grupo facilmente indentificável, a pretexto de ‘defesa da soberania’ a quis soberana.

O grupo protestatário indica a Diakonia, o Programa AGIR e na Fundação MASC, como os elementos de entrave em várias esferas da circulação e ‘divisão do bolo’…

Os “indignados” na sua “exposição”,chegam a dizer que aqueles “…impõem agendas fora do contexto nacional e sem prévias auscultações, incluindo interferência grosseiras nas estruturas de governação interna, através de imposição de lideranças e outras personalidades do seu agrado ou a si relacionados socialmente. Vezes sem conta, nunca reconhecem as decisões dos órgãos colegiais das organizações quando as mesmas são desfavoráveis aos seus interesses”

As “queixas” DOS “indignados” estendem-se a alegados cortes de financiamento, de auditorias encomendadas, conflitos de interesse, tráfico de influências e clientelismo a concorrência desleal, enquadrando-se estas matérias em “agendas ocultas”, sem indiciar especificamente, quais os propósitos das mesmas.

Como que ironia do destino o Presidente da República, Filipe Nyusi já havia avisado que as OSC não deveriam ser usadas como artefactos políticos.

A exortação de PR era extensivo às organizações não-governamentais que operam em Moçambique e foi feita na Holanda no corrente ano. E ai estão elas no seu melhor, aliás pior, a partilharem as suas fraquezas pelo mundo fora…

Com todos estes cenários e já que perguntar não ofende: Guerra de dinheiro nas ONG’?

LUÍS NHACHOTE

Este artigo foi publicado em primeira mão na versão PDF  do jornal Correio da manhã  no dia 07 de Julho de 2017, na rubrica semanal intitulada DO LADO DA EVIDÊNCIA

 

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