Habitués: Quem invadirá?

Habitués  – No dia 03 de Novembro deste 2020 o país teve eleições.

O concorrente da oposição ganhou o pleito, com uma vantagem de mais de cinco milhões dos votos validamente expressos.

O candidato do regime perdeu claramente, mas alega ter havido fraude eleitoral, sem apresentar evidencias.

Volta e meia, o candidato (derrotado) do regime ameaça que vai governar nos estados onde saiu vencedor.

Sondagens efectuadas esta semana alargam a confiança no candidato vencedor. Aproximadamente 80% dos inquiridos acreditam que o concorrente oposicionista saiu vencedor do pleito de 03 de Novembro.

O candidato vencedor diz que está sereno e se preparando para a investidura oficial, prevista para dia 20 de Janeiro de 2021.

Nos bastidores prosseguem diligências visando persuadir o concorrente do regime, derrotado, a aceitar os resultados das eleições.

Sucede, porém, que o candidato derrotado insiste em não reconhecer os resultados e até ameaça recorrer à violência armada e já fez desfilar parte das suas milícias.

Seguidores armados de Donald Trump

Numa clara atitude de abuso do poder, o candidato derrotado, ainda em exercício governamental, mandou bloquear as mensagens que os líderes mundiais estão a enviar felicitando ao Presidente.

Este tipo de informações não é inédito. O inédito nisto é [apenas] o local destes eventos: Estados Unidos da América.

Os Estados Unidos da América são habitués em exigir a observação de eleições noutros cantos do Mundo.

Os Estados Unidos da América são habitués em exigir transparência em eleições noutros cantos do Mundo.

Os Estados Unidos da América são habitués em ameaçar com sanções regimes que, na sua óptica, contrariam e ou desrespeitam a vontade popular.

Os Estados Unidos da América são habitués em ameaçar e/ou invadir países que, não sua óptica, com os seus actos, contrariam a vontade popular.

E hoje, quem invadirá os Estados Unidos da América, para fazer valer a vontade popular dos norte-americanos?

Que com ferro fere, com ferro será ferido”, lá diz o velho, mas actual ditado.

Eu, como disse na semana passada neste mesmo espaço, estou me nas tintas para com os yankees, por razoes anteriormente expressas.

Apenas estou aqui a desfrutar das minhas pipocas para ver como termina este filme extraordinário, mas que pouco me diz.

Por enquanto, ando mais preocupado com os meus concidadãos que morrem estupidamente no Norte e no Centro deste martirizado Moçambique.

A MINTHIRU ITLULA MARITO! Os actos valem mais que as palavras!

Digo isto porque que creio que, como em anteriores desafios, Moçambique triunfará nesta pandemia e permanecerá, eternamente.

REFINALDO CHILENGUE

Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 13 de Novembro de 2020, na rubrica semanal TIKU 15

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