Herói imortal do povo

Herói – Todos os dias nascem e morrem heróis em diversos quadrantes do Mundo e outros são imortalizados pelo povo revolucionário.

Pessoalmente, identifico-me com heróis do povo revolucionário tais como Nelson Mandela, Samora Machel, Julius Nyerere, Fidel Castro, Eduardo Mondlane, Agostinho Neto, Amílcar Cabral, Che Guevara, Marcelino dos Santos, Alcina João Machava (minha mãe).

Todos os heróis acima indicados morreram e deixaram legado positivo em prol do bem-estar do povo revolucionário.

Os restos mortais de Marcelino dos Santos foram a enterrar ou a conservar na cripta da Praça dos Heróis na cidade de Maputo.

Na sequência da sua morte, troquei mensagens com amigos e conhecidos sobre a vida e obra do malogrado e acompanhei comentários de analistas, académicos e políticos nas cadeias de televisão da minha aldeia. Quase todos falaram bem de Marcelino.

Um analista político da oposição lamentou o facto de Marcelino dos Santos ter partido sem deixar estradas, escolas e ou pontes com o seu nome excepto uma rua perdida no histórico bairro de Hlamankulo onde vive o povo revolucionário e uma escola no distrito de Namaacha, província de Maputo, que desde a sua construção recebeu apoio incondicional do herói nacional.

Vida e obra de Marcelino dos Santos em prol do povo e da revolução falam por si na sociedade livre que libertou.

Um verdadeiro herói não se preocupa com adoração ou bajulação com seu nome estampado em escolas, estradas ou pontes.

Um herói não promove adulação e bajulação ou seus praticantes. Marcelino foi declarado herói ainda vivo e não traiu a revolução que jurou defender até ao último minuto da sua vida.

Marcelino dos Santos não deixou condomínios ou palácios em Moçambique, nem no estrangeiro, construídos com o dinheiro do povo revolucionário. Desde a década de 1960 até à sua partida do mundo em 2020, Marcelino dos Santos foi chefe, mas não deixou conta bancária com saldo milionário em Moçambique ou no estrangeiro. O mesmo aconteceu com Samora Machel.

A geração de honestidade na gestão da coisa pública está em extinção. Um dos veteranos da luta armada que foi ministro de Samora Machel disse me que nos primeiros anos de Moçambique independente ministros não recebiam salários em suas contas bancárias, nem de outra forma.

Eles apenas sabiam que o salário de ministro eram 35 mil escudos. No final do mês o dinheiro era enviado ao partido Frelimo.

As despesas domésticas, incluindo compra de roupa do ministro, eram geridas pelo partido. O dono do dinheiro fazia compras nas lojas de dirigentes e os recibos eram enviados ao partido.

Não havia abuso nem excessos de gastos, pois o controlo era rigoroso. Em caso de excessos, o ministro era chamado atenção pelo chefe no partido.

Filhos de dirigentes estudavam nas escolas públicas com filhos do povo revolucionário pelo qual tinham jurado servir com suas energias. Marcelino dos Santos era um dos mentores da iniciativa.

Viva a memória inesquecível de Marcelino dos Santos.

Viva a revolução. A luta continua!

PS: Quase a terminar o texto desta crónica, recebi a triste notícia da morte, em Portugal, de Mário Fernandes da Graça Machungo, primeiro Primeiro-Ministro de Moçambique e contemporâneo dirigente de Marcelino dos Santos.

Paz à sua alma. A luta continua!

THANGANI WA TIYANI

Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, na sua edição de 19 de Fevereiro de 2020, na rubrica semanal O RANCOR DO POBRE

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