Hillary ainda pode!

Neste momento, a hipótese é tão improvável que apenas os democratas acreditam nela. Tudo começou com a petição “Torne Hillary Clinton Presidente a 19 de Dezembro”.

Teoricamente, Hillary Clinton ainda pode ser eleita Presidente dos Estados Unidos da América. Ainda que a possibilidade, neste momento, seja apenas mais alimentada pelos democratas, ela tem uma base política: o poder dos membros do Colégio de Eleitores.

“Torne Hillary Clinton Presidente a 19 de Dezembro” é o nome da petição que ganhou adeptos no site Change.org e que já conta com mais de quatro milhões de assinaturas. “A secretária Clinton ganhou o voto popular por isso deve tornar-se presidente”, pode ler-se na nota explicativa da petição que pretende levar a hipótese avante.

Como é que isso é possível?

A Constituição dos Estados Unidos da América atribui ao Colégio Eleitoral a palavra final em matéria de eleição do Presidente. A 19 de Dezembro, os membros do Colégio Eleitoral, individualmente, irão votar. Caso todos votem da maneira forma que os seus estados votaram, Donald Trump ganha ‘novamente’, no entanto, o Colégio Eleitoral pode votar em Hillary Clinton se for essa a sua escolha.

Aos eleitores deste núcleo, que vão contra a opção dos estados, dá-se o nome de faithless electors. Mesmo nos estados em que isto não é permitido o seu voto pode ser contado, com a consequência de terem de pagar uma multa.

A propósito dessa sanção, os impulsionadores da petição são incisivos: “Podemos ter certeza de que os apoiantes de Clinton terão prazer em pagar!”. Aquilo que pretendem é que os eleitores ignorem os estados e dediquem os seus votos à democrata.

Todavia, a eleição do Colégio Eleitoral é normalmente uma cerimónia formal de confirmação dos resultados e do sentido de voto de cada estado, e não de escolha (ou alteração) do Presidente. Nos últimos 80 anos, houve nove faithless electorse, desde que o órgão foi formado, no século XVIII, 156.

Além do facto de que os membros do Colégio eleitos para votar em Trump são apoiantes fiéis do Partido Republicano, para o cenário agradar aos assinantes da petição, são precisos mais do que dois ou três “eleitores infiéis”.

Olhando para os números: Donald Trump conseguiu 290 membros e Hillary Clinton 228. Prevê-se que os resultados finais darão 306 ao republicano e 232 à democrata, sendo que um candidato tem de conseguir 270 votos do Colégio para ser considerado Presidente.

Redacção

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