Homem condenado a 12 sentenças de prisão perpétua

O Tribunal Supremo de Gauteng condenou, esta segunda-feira (14 de Agosto) um homem sobre quem recaíam acusações diversas, incluindo as de estuprador e “traficante de sexo infantil”, de nome Gerhard Ackerman, a 12 sentenças de prisão perpétua.

O juiz Mohamed Ismail considerou de provadas as mais de 700 acusações que pesam sobre Ackerman, incluindo as de tentativa de sequestro, posse de pornografia infantil, estupro, aliciamento sexual e exploração sexual.

O tribunal explicou que apesar de ser condenado a 12 sentenças de prisão perpétua, Ackerman vai “cumprir, na essência, uma sentença de prisão perpétua, sendo que as outras serão executadas simultaneamente com essa sentença”.

O juiz Ismail considerou Ackerman como “um homem mau” porque atraía crianças que depois eram abusadas por outros homens e ele [Ackerman] “tinha benefícios disso”.

As estórias protagonizadas por Ackerman incluem o envio de meninos ao então proeminente advogado de direitos humanos, Paul Kennedy, mesmo sabendo que era seropositivo. Kennedy suicidou-se o ano passado.

A longa lista de sentenças a que Ackerman foi condenado inclui cinco anos de prisão em cada uma das oito acusações de tentativa de homícidio, que serão executadas simultneamente; 25 anos de prisão pelas 253 acusações de pornografia infantil encontrada no seu [de Ackerman] telemóvel; quatro anos de prisão por perseguir e distribuir pornografia infantil; cinco anos de prisão por benefícios que tirou das vítimas infantis; três anos de prisão por usar suas instalações como bordel; 10 anos de prisão por estupro e cinco anos de prisão por fazer vídeos explícitos para enviar ao advogado Paul Kennedy.

Durante as discussões em Tribunal, uma psicóloga clínica, Kirten Clark, disse ao que Ackerman “tinha um distúrbio pedófilo” e que a sua reabilitação “nunca poderia funcionar”.

Ackerman era o responsável de uma quadrilha de estupro de menores, na cidade de Joanesburgo, onde adolescentes, atraídos nas redes sociais, eram explorados sexualmente por homens adultos mediante o pagamento de uma taxa ao ora condenado.

Presentemente decorre, em separado, um processo judicial no qual Ackerman é acusado de forçar um menino de 11 anos a tocar as partes íntimas dele [Ackerman], no Morningside Country Clube, em 2018.

Gerhard Ackerman sempre se declarou inocente e pondera recorrer da sentença proferida pelo Tribunal Supremo de Gauteng.

A Women and Men Against Child Abuse, uma organização sul-africana que se dedica a luta contra o abuso de menores, reagiu, com satisfação, à condenação de Gerhard Ackerman ao indicar que “envia uma mensagem forte para os que destroem vidas, neste caso estamos a falar de vidas de meninos atraídos para serem estuprados. Para nós esta é a única punição apropriada para alguém que dizimou vidas de crianças”.

RAULINA TAIMO, Correspondente na África do Sul

https://rb.gy/3w9z6

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