IDE caiu – UNCTAD

Os fluxos de Investimento Direto Estrangeiro (IDE) para Moçambique caíram no ano passado para três mil milhões de dólares, uma queda de 11% face ao ano anterior, segundo a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).

De acordo com o relatório da UNCTAD sobre as Tendências de Investimento Global, hoje divulgado em Genebra, “os fluxos de IDE para África registaram um declínio de 5%, para 51 mil milhões de dólares” (47 mil milhões de dólares norte-americanos), em parte devido ao baixo preço das matérias-primas que se regista desde meados de 2014.

“Os fluxos para Angola desceram para mais de metade depois de terem subido em 2015; Moçambique viu o seu IDE cair 11%, mas o nível ainda foi bastante significativo, à volta de três mil milhões de dólares norte-americanos”, escrevem os analistas da UNCTAD, sem dar mais informações sobre os valores.

Em Junho do ano passado, no entanto, a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) dizia que Angola recebeu 8,7 mil milhões de dólares norte-americanos em IDE em 2015, o que revelava um aumento de 351,7% face ao ano anterior.

Este número, no entanto, não representa um aumento dos investimentos em projectos, mas sim um reforço dos capitais das filiais angolanas das empresas multinacionais: “Este salto deveu-se, em grande medida, aos empréstimos concedidos pelas sedes empresariais, no estrangeiro, às suas subsidiárias angolanas”, dizia o documento.

Os valores agora anunciados para o conjunto do continente africano revelam uma revisão em baixa face à estimativa de Outubro, quando foi apresentado o relatório anterior, no qual os peritos estimavam que em 2016 os fluxos aumentassem 6% para 55 a 60 mil milhões de dólares norte-americanos.

Redacção

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