Impressionante capacidade!

Impressionante capacidade – Moçambique é, nos dias que correm, manchete em quase todo o mundo e tema de debates em sedes das mais diversas organizações nacionais, regionais e internacionais, pelos piores motivos e, aparentemente, por culpa própria.

Verdade ou não o que se diz em sede de tribunal, no bairro de Brooklyn, um dos cinco de Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, o certo é que Moçambique está literalmente a ser despido em público, através das declarações ali feitas pelas testemunhas, declarantes e agora pelo principal réu no chamado caso das “dívidas ocultas”, o franco libanês que chama “papá” a um nacional da “Pérola do Índico”.

Não sei se o nosso compatriota que está prestes a fechar um ano de reclusão na cadeia de Modderbee, em Benoni, também conhecida por eKurhuleni, na vizinha na África do Sul, ainda tem algo relevante a resguardar em torno deste dossier (“dívidas ocultas”).

Se o caso das dívidas ocultas já estava fora do controlo de Moçambique, o mesmo não se pode dizer das nódoas que depois disso sujaram a esta que é apelidada de pátria de heróis.

Tivemos as eleições que tivemos, tudo por “mérito”, “culpa” ou “vontade” próprias. Os outros apenas vieram testemunhar, numa de “observadores eleitorais”, e por fim cada um fazer a leitura que achou por bem fazer.

Resultado: é o que se fala de Moçambique por aí, e nós, felizes e contentes, continuamos, sorridentes de orelha a orelha, a considerar o nosso país “um exemplo a seguir”…

Impressionante mesmo é a capacidade dos que governam este país de tirar muita gente do anonimato para a ribalta… nomes são inúmeros, mas não gosto de me focar neles, mas em factos, pelo que dispensarei referencia-los aqui.

Nas redes sociais multiplicam-se mensagens, fotos, áudios e vídeos, aludindo a “prisioneiros políticos”. São nomes de pessoas e/ou organizações que estão a constar em files de instituições nacionais, regionais e internacionais (perto de 30 delas) que, com um pouco mais de lisura e ponderação dos que administram este país e seus processos, talvez jamais seriam conhecidos/as fora dos seus bairros e/ou a nível nacional.

Esta semana inclusivamente a Amnistia Internacional voltou a emitir um comunicado, sobre Moçambique, tudo por causa da detenção de perto de duas dezenas de indivíduos no âmbito das eleições de 15 de Outubro, apimentada pela movimentação dos detidos de uma cidade (Chókwè) para a outra (Xai-Xai), isso tudo com graves interpretações, principalmente lá fora, envergonhando o País todo.

Tendo em conta a reputação que se pretende para o País no concerto das nações, será mesmo racional e de bom tom criar estes ambientes/situações?

Mesmo num mundo já carente de princípios e prenhe de interesses, há pessoas cujos comentários e/atitudes em público apenas agravam o ridículo em que estão petrificados. Já imaginaram alguém conhecido no seu bairro como brilhante e temido salteador, aparecer em tribuna a apelar ou defender o respeito pelo bem alheio? Pode ser em surdina, mas na plateia muitos sussurrarão que “só pode ser uma brincadeira ou piada de mau gosto”.

Respeito não se exige. Conquista-se, pela postura!

Aminthiru “ivulavula” kutlula marithu (Os actos “falam” mais alto que as palavras)

REFINALDO CHILENGUE

Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, na sua edição de 22 de Novembro de 2019, na rubrica semanal denominada TIKU 15 !

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