Incêndio mata criança
Incêndio Uma criança moçambicana de quatro anos de idade morreu carbonizada e outras duas ficaram feridas na sequência de um incêndio que destruiu uma casa de madeira e zinco em Evaton, bairro periférico da cidade de Joanesburgo, na vizinha República da África do Sul.
Segundo uma mensagem disseminada nas redes sociais de num grupo de membros da Associação das Comunidades Moçambicanas em Gauteng, o incidente ocorreu na madrugada de quinta-feira.
O jornal Correio da manhã recebeu a mensagem na tarde de sexta-feira indicando que uma moçambicana de nome Sónia Mandlaze estava a dormir numa casa de madeira e zinco com os seus três filhos, quando deflagrou incêndio dentro da habitação.
Na saída precipitada, Sónia Mandlaze conseguiu escapar, mas deixou para trás um dos seus filhos de quatro anos de idade, que ficou carbonizado. Outros dois filhos da mesma mulher escaparam da casa em labaredas, mas sofreram ferimentos e estão internados numa unidade sanitária.
A mensagem termina apelando aos comunitários a fazer contribuições para o funeral da criança carbonizada.
As causas do incêndio são ainda desconhecidas, mas suspeita-se que tenha sido provocado por uma vela acesa, candeeiro ou outra fonte de combustão activada nestes dias de frio intenso que caracterizam o decorrente Inverno rigoroso na África do Sul.
A África do Sul enfrenta Inverno severo e muitas famílias pobres sem energia eléctrica usam candeeiros a petróleo, fogões a carvão ou velas para iluminação e aquecimento, o que não raras vezes provoca incêndios.
A insuficiência de serviços básicos, particularmente água canalizada e electricidade, e habitação melhorada tem gerado frequentes manifestações e protestos violentos na África do Sul, apesar de enorme esforço do governo na solução do problema.
Bairros periféricos dos principais centros urbanos, tais como Pretória, Joanesburgo, Cidade do Cabo e Durban, foram negligenciados pelo regime racista do apartheid durante várias décadas sem acesso à energia eléctrica.
THANGANI WA TIYANI, CORRESPONDENTE NA ÁFRICA DO SUL