INGC: alerta laranja
Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) decretou hoje o alerta laranja para todo o território, na sequência das previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) de ocorrência de chuvas e ventos fortes até Março.
A activação do alerta laranja foi anunciada após uma reunião do Conselho Técnico de Gestão de Calamidades e visa reduzir o impacto de eventuais efeitos das previsões de continuação do mau tempo que tem caraterizado os primeiros dias de 2017.
O alerta laranja ocorre em paralelo com o alerta vermelho, que se mantém para garantir a assistência a mais de 1,5 milhões de pessoas afectadas pela seca ao longo do ano passado e que se encontram em situação de insegurança alimentar.
“Equipas multissectoriais serão destacadas para o terreno a fim de avaliar o ponto de situação tendo em conta o cenário das previsões avançadas pelo INAM, conjugado com as previsões da Direcção Nacional de Recursos Hídricos quanto à tendência do aumento de nível de algumas bacias”, afirmou Paulo Tomás, porta-voz do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC).
Segundo o INGC, o mau tempo que se tem verificado nas últimas semanas afectou 16 mil famílias, num total de 70 mil pessoas, em todo o país.
Os dados hoje apresentados estimam que oito mil casas tenham sido destruídas e nove mil parcialmente destruídas, e que 177 escolas ficaram destruídas e outras 400 parcialmente destruídas.
Na madrugada de segunda-feira, pelo menos três pessoas morreram e 236 famílias ficaram desalojadas na sequência das fortes chuvas que atingiram Maputo no fim de semana.
As três vítimas morreram após serem arrastadas pelas águas quando circulavam num táxi ‘txopela’ (triciclos de transporte de passageiros, muito frequentes em Moçambique), numa das principais avenidas da cidade, tendo sido os primeiros dois corpos encontrados logo após o incidente e o terceiro mais tarde.
No total, segundo os dados do INGC, 8.254 pessoas foram afectadas pelas chuvas fortes nas cidades de Maputo e Matola e várias infraestruturas ficaram destruídas, principalmente nos bairros periféricos.
Redacção