Já estamos habituados!

Já estamos habituados!  Um ilustre (des)governante respeitou, rigorosamente, o calendário e, como já é habitual, desceu a terreiro para destilar uma velha ladainha, que nem ele mesmo nela acredita.

Veio, o dito cujo, dizer que os moçambicanos podem ficar relaxados porque na quadra festiva que se avizinha não haverá subida de preços dos produtos indispensáveis para o tal período.

Curiosamente, alguns pés-de-microfone, a troco de algumas migalhas ou por mera distração ainda encontraram nesse papo alguma “matéria noticiosa”, o suficiente para deixar a minha tia às gargalhadas, uma vez mais.

Já estamos habituados! Comentou ela, ao ver o dito cujo num canal de tv dando conta da “má velha”.

Até me lembra aquelas juras cíclicas (quinquenais) de uma certa corporação, de “tolerância zero” para fandango naqueles teatros periódicos que rotulam de “eleições”, quando, chegada a hora, são os próprios integrantes dessa mesma agremiação a protagonizar a confusão e desorganização organizada em benefício de um dos concorrentes.

Já estamos habituados!

Quem já soma anos sob domínio desta gente já ouviu tanta mentira descarada que mesmo no dia em que vai falar verdade, esta cairá em saco roto. Aliás, o caso da covid-19 é disso exemplo, infelizmente.

Até disseram, um dia, que aquela crise financeira mundial de 2007/8 da qual nem sequer tinham responsabilidades nela, não teria impacto em Moçambique, já para não falar da tragédia resultante das tristemente célebres dívidas odiosas.

Apenas tiveram certeza e convicção de que pelo menos vinte milhões dos aproximadamente 30 milhões de moçambicanos seriam atingidos pela covid-19, mas se sabe muito bem porquê, a avaliar pelo hábil clamor imediatamente lançado para os solícitos de sempre.

Já estamos habituados, porque anualmente, por estas alturas do ano, a cantiga não muda, apenas os actores, sempre com promessas falsas de que não haverá falta nem carestia dos bens essenciais.

Só que, salvo criação de algumas vítimas, sempre das mais desprotegidas do costume, para mostrar algum serviço –  geralmente sob a cobertura dos mesmos pés-de-microfone -, na hora da verdade, é um autêntico vê-se-te-avias e ninguém acode a ninguém, salvo as subsequentes palhaçadas de balanços para fazer boi dormir.

Já estamos habituados! Podem continuar a enganar os mais incautos – porque os mais crescidinhos já vos conhecem – e seviciar um punhado de azarados para parecer que fazem algo sério, quando os verdadeiros bandidos passeiam a sua classe, como em todas as esferas.

A MINTHIRU ITLULA MARITO! Os actos valem mais que as palavras!

Digo isto porque que creio que, como em anteriores desafios, Moçambique triunfará nesta pandemia e permanecerá, eternamente.

REFINALDO CHILENGUE

Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 20 de Novembro de 2020, na rubrica semanal TIKU 15

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