Jeremias Pondeca morto
Desconhecidos mataram a tiros, na manhã de sábado, em Maputo, Jeremias Pondenca Munguambe (de óculos na fotografia), quadro sénior do partido Renamo presidido por Afonso Macacho Marceta Dhlakama.
A informação foi confirmada este domingo ao Correio da manhã pelo porta-voz oficial da Renamo, António Pedro Muchanga.
António Muchanga disse que os restos mortais de Pondeca, membro da Comissão Mista que negoceia o fim das hostilidades em Moçambique entre o Governo e a Renamo foram recolhidos pela polícia para a morgue do Hospital Central de Maputo, depois de a corporação ter recebodo “informações de populares de que um corpo inanimado de um desconhecido jazia junto à Praia da Costa do Sol”.
A morte de Pondeca, igualmente mebro do Conselho de Estado, surge numa altura em que são quase que diariamente reportados raptos e assassinatos de membros da Renamo e da Frelimo, com os dois partidos a trocarem acusações de responsabilidade pelos actos.
Moçambique está mergulhado num caos de insegurança sem precedentes, com sucessivos raptos e mortes pouco ou mal esclarecidos.
Desde a assinatura do Acordo Geral de Paz (AGP) em 04 de Outubro de 1992 Moçambique já teve dois momentos de grande instabilidade militar, o primeiro entre 2013 e 2014, e o segundo, que começou na sequência da recusa da Renamo de aceitar os resultados das eleições gerais de Outubro de 2014, acusando o partido Frelimo, partido no poder desde 1975, de fraude no escrutínio, e que perdura até hoje.
O principal partido de oposição condiciona o fim das acções armadas à aceitação pelo Governo da sua exigência de governar em seis províncias do centro e norte do país, onde reivindica vitória no escrutínio.