Jornalista baleado
Jornalista sul-africano Mweli Masilela, do canal privado de televisão Newzroom África, da África do Sul, foi atingido por bala de borracha disparada pela Polícia em KaNyamazani, província nortenha sul-africana de Mpumalanga, durante a cobertura de manifestações de operadores de transporte semicolectivo (espécie de “chapistas” em Moçambique) de passageiros.
A polícia estava a tentar dispersar os manifestantes que protestavam contra a redução da capacidade de mini-buses para transportar 70% dos em cumprimento das medidas de prevenção de coronavírus.
O Ministro dos Transportes, Fikilie Mbalula, prometeu subsídio de recompensa mensal de cinco mil randes (cerca de 20.430 meticais) a cada operador, mas alegam que ainda não receberam o dinheiro e estão a somar prejuízos.
Os operadores alegam que os bancos que financiam a compra dos carros não perdoam e querem dinheiro certo na data combinada, sem contemplações.
A Associação dos Transportadores deu ordens aos seus membros para ignorarem a redução da capacidade, porque a recompensa do governo nunca mais chega e não tem como resolver os prejuízos acumulados a não ser transportar passageiros em conforme com a capacidade instalada da viatura.
Os motoristas de mini-buses bloquearam vias de acesso à cidade de Mbombela (antiga Nelspruit), a partir de KaNyamazani, uma região de Mpumalanga, província que faz fronteira com Moçambique.
A polícia foi despachada para repor a ordem. Logo à sua chegada começou a disparar balas de borracha e gás lacrimogénio.
Uma das balas atingiu o jornalista da Newzroom África na bochecha, mas está fora de perigo.
Mweli Masilela disse ao jornal Correio da manhã esta quarta-feira que estava melhor.
A greve dos transportadores afectou os utentes em quase toda a África do Sul.
THANGANI WA TIYANI, CORRESPONDENTE NA ÁFRICA DO SUL