Judicial deve ser célere

Judicial – O Presidente da República de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi, pediu hoje ao sistema judicial celeridade nos processos contra insurgentes detidos em Cabo Delgado, província afectada pela violência armada desde Outubro de 2017.

“Para responsabilização dos que protagonizam tais actos [violência armada], o poder judicial deve ser célere”, declarou, esta quarta-feira, em Maputo, Filipe Nyusi.

O chefe de Estado moçambicano falava em Maputo durante a cerimónia de tomada de posse do novo juiz conselheiro do Tribunal Supremo, Henrique Carlos Xavier.

Para o Presidente da República de Moçambique, o combate contra os grupos armados que têm protagonizado ataques em Cabo Delgado exige uma acção conjunta e que, além de celeridade judicial, garanta a responsabilização exemplar dos autores destas incursões.

“Temos de continuar juntos no combate à violência armada em Cabo Delgado, responsabilizando criminalmente os terroristas que são neutralizados e encaminhados aos tribunais”, frisou Filipe Nyusi.

“Queremos que prevaleça o sentimento de que os criminosos são exemplarmente punidos no nosso país”, acrescentou.

Filipe Nyusi alertou ainda para a circulação de informações falsas e manipuladas sobre a situação em Cabo Delgado.

“A pátria deve unir-se contra estes actos pois as grandes nações que conseguem sucessos prevalecem vigilantes contra este tipo de tendências e não permitem a desinformação contra o próprio povo”, declarou o chefe de Estado Moçambicano.

Cabo Delgado, província onde avança o maior investimento privado de África para exploração de gás natural, está sob ataque desde Outubro de 2017 por insurgentes, classificados desde o início do ano pelas autoridades moçambicanas e internacionais como uma ameaça terrorista.

As incursões de grupos armados oficialmente tidos como insurgentes, nos últimos dois anos e meio naquela província já provocaram a morte de, pelo menos, 700 pessoas.

As Nações Unidas estimam que os ataques armados na província provocaram uma crise humanitária que afeta 211.000 pessoas.

(Correio da manhã de Moçambique)

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