Julius Malema “vasculha”

Julius Malema – O líder do Partido dos Combatentes pela Liberdade Económica (EFF), Julius Malema, quer verificar a quota de estrangeiros e sul-africanos que trabalham em restantes na África do Sul.

Malema agendou para quarta-feira (19Jan2022) uma visita de verificação das quotas nos restaurantes que funcionam no supermercado Mall of África localizado em Midrand entre as cidades de Joanesburgo e Pretória.

Um comunicado emitido pelo porta-voz nacional do EFF, Vuyani Pambo, a que o Jornal Redactor teve acesso refere que o Comandante-Chefe Julius Malema vai realizar uma visita a restaurantes para verificar o rácio de emprego entre cidadãos sul-africanos e estrangeiros.

O comunicado acrescenta que a visita vai consistir em interacção entre o “Comandante-Chefe”, cargo que se atribuiu Julius Malema no seu partido, com gestores de restaurantes para verificar a aplicação de políticas laborais, satisfação dos trabalhadores para assegurar que “nossos companheiros africanos não são explorados e os locais empregados a níveis satisfatórios”.  

Julius Malema, que pauta por algum populismo e contrário a manifestações xenófobas, sempre defendeu que os estrangeiros não estão na África do Sul para ocupar empregos de nativos.

Nos seus comícios públicos, o líder do EFF tem apelado aos seus compatriotas a viverem em harmonia com estrangeiros independentemente de terem ou não documentos válidos para viverem na África do Sul, com o argumento de que África é para todos os africanos e as fronteiras foram impostas pelos colonizadores.

O local visado por Julius Malema esta quarta-feira (29Jan2022)

A sua posição foi alvo de críticas dentro do seu próprio partido depois das recentes eleições municipais realizadas em Novembro devido aos fracos resultados registados pelo EFF.

Alguns membros do partido, particularmente da província do Cabo Oriental, disseram que a posição de Malema de defender imigrantes sem documentos válidos não agrada o eleitorado pressionado com a falta de emprego na África do Sul.

O sector de restauração emprega muitos estrangeiros, sobretudo zimbabueanos, que abandonaram o seu pais de origem devido a profunda crise económico-financeira.

THANGANI WA TIYANI, correspondente do Redactor na África do Sul

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