LAM em reestruturação
A transportadora estatal Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) vai contratar uma firma de consultoria para a elaboração de um plano de negócios para os próximos dez anos, que inclui a restruturação da companhia, anunciou a empresa.
A LAM procura uma consultora com experiência na elaboração de planos de negócios que garantam rentabilidade em aviação comercial, refere-se num anúncio de concurso divulgado esta semana na media moçambicana.
“A firma de consultoria deve ser independente da LAM e de qualquer membro da administração, directores e gestores da companhia, bem como de instituições com interesses na companhia ou de outra companhia aérea com actividade comercial em Moçambique”, acrescenta-se.
A elaboração do plano de negócios responde às recomendações deixadas pelo Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE).
O Governo moçambicano tem defendido que a LAM deve encontrar formas de se tornar sustentável, face às dificuldades operacionais e financeiras que enfrenta, devido à reduzida frota e baixo retorno da atividade.
A crise que a LAM atravessa acontece numa altura em que várias transportadoras privadas receberam licenças do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), para entrar no mercado doméstico.
A sociedade sul-africana e britânica Fastjet iniciou a actividade na semana passada com voos entre Maputo e três capitais provinciais: Beira, Nampula e Tete.
Parceria com Emirates
Entretanto, a Emirates Airways – companhia de bandeira dos Emirados Árabes Unidos (EAU) – poderá voar para Moçambique na base de um acordo de ligações firmado com a LAM, nesse sentido.
Em entrevista ao “Notícias”, o cônsul de Moçambique no emirado de Dubai, José Bernardo Maneia, explicou que o acordo foi assinado há algum tempo, decorrendo agora discussões sobre as formas da sua operacionalização.
“As ligações aéreas vão aproximar-nos cada vez mais dos Emirados Árabes Unidos, conhecidas as suas potencialidades em vários sectores de desenvolvimento”, disse José Maneia.
Em ocasiões anteriores, figuras chave da companhia Emir defenderam a necessidade de dar enfoque estratégico ao continente africano, apontando para um aumento nos destinos continentais, olhando para esta região como potência em mercados urgentes. E dentro dessa estratégia, Moçambique consta como um dos potenciais destinos da companhia.
Redacção