Lançada “segunda pedra” do Hospital Distrital de Pebane
Foi formalmente lançada na semana passada a “segunda pedra” do Hospital Distrital de Pebane, depois de uma cerimónia idêntica realizada em 2013, mas que de lá a esta parte nada de concreto na construção da infra-estrutura avançou.
A cerimónia da semana passada foi presidida por Cristina de Jesus Xavier Mafumo, secretária de Estado da Zambézia, uma província localizada no centro de Moçambique e que é politicamente considerada o segundo maior círculo eleitoral do país.
No discurso de praxe, Cristina Mafumo assegurou que desta vez a obra estará concluída no prazo fixado (18 meses) “porque há disponibilidade de recursos” para o efeito ─ 176.432.687.23 MZM, suportados integralmente pelo Orçamento do Estado.
“Assumimos que não conseguimos honrar o compromisso em 2013, mas desta vez não haverá falhas porque já temos recursos disponíveis e este hospital, sem falta, terá o seu fim, daí que pedimos a todos para que sejamos vigilantes. Acredito que o empreiteiro está disponível para responder a qualquer inquietação dos cidadãos no que se refere aos trabalhos deste hospital”, disse a governante.
Ao que o Redactor apurou em Pebane, a infra-estrutura deverá incluir um bloco operatório com duas salas para o efeito, uma morgue com nove gavetas, 100 camas para internamentos, maternidade com duas salas de parto e um laboratório.
Quando concluída, a infra-estrutura beneficiará não só os habitantes de Pebane, mas também os dos distritos vizinhos de Mocubela e Gilé.
Enquanto isso não acontece, os habitantes de Pebane, em caso de necessidade de assistência médica, continuarão a recorrer às unidades hospitalares de referência de Maganja da Costa, Mocuba ou Quelimane, esta última a capital provincial (288 quilómetros numa estrada precária).
Entrevistados pelo jornal Redactor, alguns residentes de Pebane mostraram-se ansiosos com o fim das obras “para se terminar com o que se assiste actualmente: morrer na estrada em busca de assistência”.
ARLINDO MUCUCHEDE, em Pebane
Este artigo foi publicado em primeira mão na edição em PDF do jornal Redactor do dia 25 de Março de 2024.
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