Lançado Centro Regional

Lançado – A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) lançou segunda-feira um Centro Regional de Combate ao Terrorismo com sede em Dar es Salaam, na Tanzânia, para a região lidar com ameaças como a insurgência armada no norte de Moçambique.

“Embora tenham sido feitos progressos significativos na implementação da Estratégia Regional de Combate ao Terrorismo da SADC, ainda há necessidade de adopção de medidas”, tais como “legislação e políticas abrangentes”, referiu o secretário executivo da organização, Elias Mpedi Magosi, citado num comunicado divulgado hoje.

Em particular, defendeu o “fortalecimento de centros nacionais de combate ao terrorismo e de unidades de informação financeira”, bem como “da capacidade de combater a propagação da radicalização através das redes sociais e da Internet”.

Stergomena Lawrence Tax, ministra da Defesa da Tanzânia, destacou o papel do novo centro na “cooperação para controlo e combate aos atos terroristas, incluindo a troca de experiências na região africana e a nível internacional”.

A sua criação “permitirá à SADC trabalhar de forma mais eficiente e eficaz na luta contra o terrorismo”, sublinhou.

Os chefes de Estado e de governo da SADC aprovaram na cimeira de Agosto de 2015, em Gaborone, Botsuana, a Estratégia Regional de Combate ao Terrorismo e respectivo Plano de Acção.

Foi nesse encontro que ficou sublinhada a necessidade de criar o centro agora inaugurado, um órgão para “facilitar a cooperação” no combate ao terrorismo.

O lançamento aconteceu seis meses depois da chegada a Cabo Delgado, norte de Moçambique, de tropas da missão militar da África Austral (SAMIM, sigla inglesa) composta por pessoal destacado por oito países.

Angola, Botsuana, República Democrática do Congo, Lesoto, Maláui, África do Sul, Tanzânia e Zâmbia trabalham em colaboração com as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e tropas do Ruanda – que celebraram um acordo bilateral com Moçambique.

O mandato da SAMIM consiste no apoio a Moçambique “no combate ao terrorismo e atos de extremismo violento em Cabo Delgado”.

Em Janeiro foi decidido o “prolongamento da missão por mais três meses”, mas prevê-se que vá além disso, porque “o terrorismo não termina em um mês ou um ano e, naturalmente, as atividades contra o terrorismo terão de continuar”, disse o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.

O estadista tem se desdobrado em contactos internacionais para garantir financiamento que suporte a despesa militar na província dos mais valiosos de projetos de gás natural do país, tendo como base algumas das maiores reservas do mundo. (Lançado)

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