Linha aéreas da Etiópia

O Rancor do Pobre já falou sobre a companhia aérea da Etiópia depois de uma viagem à Europa, em 2018 a partir de Maputo, em Moçambique, durante a qual o atendimento aos passageiros, parte de alimentação, para Addis-Abeba foi menos satisfatório mas no voo para a Europa no dia seguinte tudo foi cinco estrelas, particularmente na alimentação e atenção.

Depois da crónica, houve alguma tentativa de protesto, mas o mal entendido foi esclarecido pelo mano chefe Refinaldo, aos representantes da transportadora visada, em Maputo. Na vida, coisas boas são elogiadas e as más práticas condenadas e criticadas por todos.

Quase ninguém aceita facilmente a crítica, sobretudo quando ela é feita publicamente.

Então, em quase menos de um ano, o profissionalismo técnico da companhia de bandeira etíope que rasga os céus ligando regiões e continentes destacou-se no pedestal mundial, na sequência do acidente ocorrido em Março de 2019 com um avião da companhia que caiu matando todos os 157 passageiros a bordo, incluindo a tripulação. Ninguém sobreviveu para contar a tragédia.

O aparelho Boeing 737 Max 8 era de fabrico norte-americano. Outro acidente envolvendo o mesmo tipo do aparelho caíra na Indonésia matando todos os passageiros. A origem das causas da tragédia ocorrida na Indonésia foi aparentemente ignorada ou desprezada.

Entretanto, com o profissionalismo e a seriedade da companhia da Etiópia na segurança aérea, maior parte dos peritos internacionais em aviação civil questionou a tecnologia do modelo de Boeing 737 Max 8.

Os americanos, fabricantes do aparelho, com alguma arrogância e mania de grandeza tentaram defender-se desvalorizando opiniões técnicas e dúvidas da maioria dos peritos internacionais de aviação.

No entanto, os factos confirmaram que o sistema da tecnologia do modelo do aparelho fora ocultada ao pessoal de pilotagem em vários países do Mundo.

Várias companhias de aviação civil comercial, incluindo de aliados dos Estados Unidos da América, parquearam os aviões do modelo em causa.

A crista do poderoso e orgulhoso presidente norte-americano, Donald Trump, caiu e o rei rendeu-se ordenando o parqueamento de todos os aviões dos modelos Boeing 737 Max 8 e 9.

Depois de tentativas defensivas falhadas, a companhia Boeing reconheceu as falhas do sistema de tecnologia do modelo do aparelho. Mais de 250 pessoas perderam a vida nos acidentes ocorridos na Indonésia e na Etiópia.

Até ao fecho da redacção desta crónica o autor desconhecia a situação de indemnização dos familiares das vítimas das falhas do sistema tecnológico da companhia norte-americana, depois do véu destapado a nível do Mundo pela seriedade e profissionalismo incontestáveis da companhia aérea da Etiópia.

O país – capital de África – mostrou que com a segurança aérea não brinca e nem tudo no continente mais pobre e analfabeto do Mundo é medíocre e menos profissional.

Parabéns Linhas Aéreas da Etiópia. A luta pela seriedade e pelo profissionalismo continua… a vitória é certa!

Que as almas das vítimas do acidente descansem em paz.

THANGANI WA TIYANI