Má gestão ou corrupção

Má gestão  – A África do Sul tem 278 municípios, incluindo oito cidades metropolitanas, com Joanesburgo, Pretória, Cabo e Durban no topo da lista. Mas a má gestão ou corrupção ameaçam os municípios.

O auditor-geral da República da África do Sul, Kimi Makwetu, apresentou semana passada resultados chocantes da gestão financeira nos municípios.

Dos 278 municípios, apenas 18 têm contas e folha de serviço limpos. As contas da maioria são consideradas desorganizadas e têm gastos desnecessários de centenas de milhões de randes.

Equipas de auditoria são frequentemente ameaçadas ou atacadas.

A empresa estatal de electricidade ESKOM tem ameaçado cortar o fornecimento de energia eléctrica a alguns municípios por causa de dívidas acumuladas.

Quase todos os dias tem havido manifestações públicas de protesto contra a falta ou insuficiente providência de serviços básicos nas comunidades municipais.

Lixo, falta de saneamento do meio, negócios de esquina, ausência/inobservância de postura municipal dominam a vida dos munícipes.

O Congresso Nacional Africano (ANC), dirige a maior parte dos municípios e os poucos com contas e folha de serviço limpos são governados pelo maior partido da oposição, a Aliança Democrática (DA).

A deterioração das condições de vida nos municípios sul-africanos periga a descentralização concebida para melhorar o bem-estar dos munícipes.

Alguns analistas apontam dedo acusador ao ANC que governa a maior parte dos municípios.

Dirigentes indicados e eleitos para gestão municipal preocupam-se com mordomias pessoais e muito menos com o bem-estar dos seus súbditos.

A falta de recolha de lixo nos centros urbanos municipais mostra o fracasso do desempenho de gestores indicados e eleitos através de listas de partidos políticos.

O sistema eleitoral em vigor que prevê a escolha de partido e não de indivíduo para dirigir municípios e o país em geral é questionado, porque complica a prestação de contas ao público.

Partidos políticos são organizações colectivas que incluem gente de carisma, corruptos e maus gestores da coisa pública.

Há municípios sem capacidade de geração de receitas por falta de recursos locais, mas têm pelotões de chefes com montanhas de mordomias que podiam ser reduzidas ao mínimo.

A intenção de autores da descentralização de atribuir responsabilidade a residentes de determinada vila ou cidade para gerir o seu próprio bem-estar foi sequestrada por políticos perigando o futuro de descentralização.

THANGANI WA TIYANI

Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, na sua edição de 03 de Julho de 2019, na rubrica semanal denominada O RANCOR DO POBRE

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