“Mais dinamismo” no Turismo
Aparentemente alheio à actual tensão político-militar que varre diversas regiões de Moçambique, o Chefe do Executivo moçambicano diz pretender “dinamismo e proactividade” no sensível sector do Turismo
O Primeiro-ministro (PM) moçambicano, Carlos Agostinho de Rosário, exigiu, sexta-feira passada, em Maputo, “mais dinamismo e proactividade” na promoção do Turismo em Moçambique.
De visita ao Instituto Nacional de Turismo (INATUR), o PM disse que este sector faz parte das três esferas prioritárias escolhidas para impulsionar o Plano Quinquenal do Governo (PQG), a par da Agricultura e Energia.
Na sua óptica, estes sectores devem definir claramente o que fazer de modo a dinamizar o PQG, destacando o facto de no início deste 2016 o ramo do Turismo ter apresentado o seu programa de actividades tidas como prioritárias para este ano.
“Pessoas certas nos lugares certos”
Por outro lado, Nuno Fortes, técnico de marketing da INATUR, lamentou o facto de determinadas pessoas em Moçambique olharem para o seu sector como uma área que “só gasta dinheiro” e não produz resultados imediatos.
Para Fortes, o marketing neste sector joga um papel-chave na promoção da boa imagem do país, acrescentando que Moçambique gasta menos de USD 500 mil neste sector, valor muito abaixo da média de alguns países vizinhos como a Suazilândia (dois milhões de dólares norte-americanos) e África do Sul (USD 30 milhões).
Já Luís Santa, também do INATUR, entende que o grande problema na promoção do Turismo em Moçambique prende-se com a necessidade de colocar-se as “pessoas certas nos lugares”.
“Sou formado em gestão de empresas e turismo, mas fui colocado na biblioteca”, referiu, acrescentando que tem colegas formados em hotelaria e turismo, mas acabaram colocados na contabilidade.
Face às queixas, o ministro do Turismo, Silva Dunduro, prometeu que os funcionários desenquadrados serão reencaminhados para as áreas de acordo com as suas especificidades, segundo o regulamento aprovado internamente.