Mais um “tou pidir” lá fora

Mais um “tou pidir” lá fora – Em reunião mantida esta segunda-feira em Washington com oficiais do Banco Africano de Exportação e Importação, o ministro da Economia e Finanças, Ernesto Max Tonela, deixou aquilo que parece ser a “marca registada” de Moçambique, atirando aos seus interlocutores mais um “tou pidir”.

Desta vez o pretexto do governante moçambicano dirigido aos membros do Afrixembank foi de que o peditório é destinado às micro, pequenas e médias empresas de Moçambique, que, argumentou, “precisam de pujança financeira”.

“Gostaríamos que o apoio fosse focado no desenvolvimento das micro, pequenas e médias empresas, como parte do esforço de recuperação económica do país”, afirmou Tonela, citado em comunicado enviado à agencia noticiosa portuguesa.

Se bem que é verdade que muitas das micro, pequenas e médias empresas enfrentam constrangimentos, o ponto é que a maioria dos respectivos proprietários e/ou gestores dessas organizações jamais viram sequer um vintém que em seu nome é negociado nos corredores climatizados das grandes capitais.

O mesmo sucede quando ocorrem tragédias naturais ou causadas pelo Homem. Peditórios são feitos e não raras vezes correspondidos, mas os supostos destinatários acabam resolvendo as suas contingências com os seus próprios recursos, salvo algumas encenações públicas apenas “para doador ver”.

Max Tonela falava durante um encontro com Denys Denya, vice-presidente-executivo do Afreximbank para as áreas de finanças, administração e serviços, no âmbito das reuniões anuais do Banco Mundial (BM) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), que decorrem esta semana na capital norte-americana.

Tonela avançou que as micro, pequenas e médias empresas moçambicanas precisam de pujança financeira para poderem aproveitar o potencial de que o país dispõe.

O Governo, prosseguiu, aposta na participação do sector privado moçambicano no aproveitamento da cadeia de valor existente no sector de hidrocarbonetos e noutras áreas económicas.

Outro domínio em que o envolvimento do Afreximbank, instituição ligada ao Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), seria importante são as infraestruturas, energia e agricultura, acrescentou Ernesto Max Tonela.

Redactor

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