Marrocos/Moçambique

Marrocos – O reforço dos sistemas de saúde, a transformação digital, a emergência da indústria, da agricultura e dos serviços, e a inclusão financeira e social são os sete pilares eleitos por Marrocos para cimentar a sua cooperação com Moçambique, principalmente neste tempo em que o mundo se debate com a pandemia do coronavírus.

Estas esferas de cooperação entre os dois países africanos coram vincados esta quinta-feira pela representação diplomática do Reino de Marrocos em Moçambique, por ocasião do Dia do Trono (30 de Julho), este ano discretamente assinalado por causa da pandemia que eclodiu na china em Dezembro de 2019.

Em nota a que o Correio da manhã teve acesso, a missão diplomática marroquina em Moçambique frisa que os contactos bilaterais entre Maputo e Rabat resultaram em vários acordos existentes, como o apoio de assistência face a mitigação dos efeitos nefastos do Ciclone Idai, que afectou a zona Centro do País e o interesse de Moçambique em contar com a solidariedade do Reino do Marrocos

Na adversidade da actual pandemia de Covid-19, o continente africano enfrenta enormes desafios, mas também conserva todas as esperanças.

“Muitos africanos vêem a actual crise sanitária como uma oportunidade para acelerar as transformações em curso ou esperadas, sendo as principais prioridades do reforço dos sistemas de saúde, a transformação digital, a emergência da indústria, da agricultura e dos serviços, e a inclusão financeira e social”, refere a nota.

No entender da representação diplomática de Marrocos em Moçambique, “o continente deve contar, acima de tudo, com as suas mulheres e com os seus homens para construir, finalmente, uma África cujo futuro, seja feito pelos africanos para os africanos”.

Em jeito de demonstração da exequibilidade de uma cooperação e interajuda intra africana, na perspectiva de reagir face aos novos dados e realidades africanas, o Rei de Marrocos mobilizou, em Abril de 2020, vários Chefes de Estado africanos para uma iniciativa de solidariedade e de luta contra a pandemia do Coronavírus. Uma iniciativa pragmática, baseada na acção e na troca de experiências. 

Foi nesta esteira que o Reino do Marrocos organizou voos em auxílio a quinze países africanos com uma ajuda médica maciça de 8 milhões de máscaras, 900.000 viseiras, 600.000 carrinhas de rodas, 60.000 batas, 30.000 litros de gel hidro alcoólico, 75.000 caixas de cloroquina e 15.000 caixas de azitromicina, tudo provenientes de fábricas marroquinas, respeitando as normas exigidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Esta ajuda, por exemplo, excede a fornecida por alguns dos principais parceiros internacionais a todos os países africanos.  

Todas as sub-regiões do continente africano têm sido abrangidas por esta onda de solidariedade: Burkina Faso, Angola, Camarões, Chade, Ilhas Comores, Congo, Eswatini, Guiné, Guiné-Bissau, Malawi, Mauritânia, Níger, República Democrática do Congo, Senegal e Zâmbia.

Numa altura em que a pandemia está a acelerar em África, a solidariedade africana deve, portanto, estar no centro da acção e da agenda de uma África consciente dos seus valores e confiante nas suas capacidades.

(Correio da manhã de Moçambique)

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