Mas

Mas – Conforme o prometido, Filipe Jacinto Nyusi, sua Excelência o chefe de Estado de Moçambique, fez, na passada quarta-feira, uma comunicação, mais uma, à Nação, expressamente para se debruçar em torno da pandemia da covid-19.

A comunicação aconteceu com um atraso de 15 minutos, coisa irrelevante para Moçambique e para os moçambicanos.

No meu modesto entender, o Presidente da República falou bonito, como lhe é característico, salvo algumas gaffes, próprias de um mundano mortal qualquer. Mas o mais importante é a essência, a mensagem contida na comunicação.

Filipe Jacinto Nyusi usou aquilo que se designa de “linguagem terra-a-terra”, que apenas pode deixar dúvidas para poucos, e acredito que muitos estiveram “colados” aos receptores de rádio, tv e até redes sociais, meios acessíveis para muitos, nos dias que correm.

Acredito que ninguém vai desobedecer por alegada ignorância das regras e, quem ousar, acredito, também, que o fará por conta e risco próprio e preparado para arcar com as respectivas consequências, formais e informais, legais e ilegais…

Gostei, também, porque, uma vez mais, o pai da Nação, na sua comunicação foi claro e livrou muitos da sanha dos abutres que já tinham começado a se aproveitar dos que não conseguem renovar os documentos expirados de Marco de 2020 a esta parte, por motivos óbvios. Muitos parabéns e muito obrigado, senhor Presidente! É que anda por aí muito chantagista a fingir estar a manter a lei & ordem na via pública, quando na verdade está mais preocupado em encaixar para proveito próprio.

Mas, como em tudo, há sempre um “mas”, esta comunicação não podia ser excepção.

Como outros terão os seus “mas”, em torno da comunicação presidencial de 13 de Janeiro de 2021, eu tenho os meus “mas”, também.

São poucos, a saber:

– Não entendi bem o facto de nas 21 directrizes da comunicação constar o encerrar das galerias, museus, bibliotecas e mandar abrir, se bem que por algumas horas, restaurantes-bares, lojas e os vulgos bottle store (casas de venda de bebidas alcoólicas).

– Também fiquei com uma pulga atrás da orelha porque não ouvi o mais alto magistrado da Nação a abordar, na sua comunicação, dicas sobre como proceder para lograr o distanciamento físico (sou contrário ao termo “distanciamento social” – posso estar distante fisicamente de alguém, socialmente junto dele) nos transportes públicos de passageiros. É que aquilo que se assiste nos “chapas”, “smart kikas”, “may loves” e afins é uma loucura senhor Presidente, porque dizer “caos” é suavizar o drama.

Há de existir outros “mas” por aí, mas eu apresentei apenas os meus e louvei o que julguei pertinente louvar.

Posto isto apenas me resta apelar a todos para obedecermos às medidas anunciadas, no interesse da colectividade…

A MINTHIRU ITLULA MARITO! Os actos valem mais que as palavras!

Digo/escrevo isto porque que ainda creio que, como em anteriores desafios, Moçambique triunfará e permanecerá, eternamente.

REFINALDO CHILENGUE

Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 15 de Janeiro de 2021, na rubrica de opinião denominado TIKU15

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