Matemo recebe apoio

Matemo recebe apoio angariado pelo administrador do Ibo, IssaTarmamade, que esta sexta-feira se emocionou ao se deparar com uma mãe de dois gêmeos recém-nascidos, completamente despidos.

Um residente desta ilha nordestina situada a 30 minutos de barco da sede do distrito do Ibo contou ao Correio da manhã não ser esta a primeira vez que o administrador IssaTarmamade busca e vai pessoalmente distribuir ajuda aos deslocados estabelecidos em Matemo.

A região de Matemo tem sido um dos pontos preferidos por deslocados de diversos pontos flagelados militarmente pelos chamados “insurgentes” que há pouco mais de três anos desencadeiam acções terroristas em diversas regiões de Cabo Delgado, Norte de Moçambique.

Issa Tarmamade (de boné vermelho) interagindo com alguns dos deslocados em Matemo

Uma fonte residente em Matemo referiu ao Correio da manhã que estas iniciativas do administrador IssaTarmamade começaram a ser mais frequentes nos últimos quatro meses e já beneficiaram cerca de três mil dos aproximadamente cinco mil deslocados que procuraram refúgio naquele ponto do Arquipélago das Quirimbas.

“Deve receber apoio de diversas entidades singulares e colectivas, com destaque para religiosos e comerciantes e pessoas de boa-fé”, foi nestes termos que um outro residente que assistiu e inclusivamente fotografou a “operação humanitária” do administrador respondeu à pergunta do Correio da manhã sobre a proveniência dos donativos distribuídos pelo governante.

Mais um momento das iniciativas do administrador Issa Tarmamade

A grande preocupação do momento é procurar tendas, vestuário e cobertores, basicamente para fazer face à época chuvosa que já se intensifica na região, de acordo com outro ilhéu que, como outros que falaram para a nossa Reportagem, tecem rasgados elogios aos esforços do administrador IssaTarmamade.

“Homem de massas e de bem este senhor. Seria bom se mais mãos benevolentes se estendessem”, comentou um pescador de Matemo para o Correio da manhã.

Muitos deslocados que chegam a Matemo, alguns depois de percorrer dezenas de quilómetros a pé e em barcos chegam à ilha simplesmente com a roupa no corpo, de acordo com outro ilhéu, referindo que “a população de Ibo mais que duplicou, desde o início da chegada dos deslocados de outros pontos de Cabo Delgado.

 (Correio da manhã de Moçambique)

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