Mentecaptos
Mentecaptos, podemos parecer, aos olhos de alguns convencidos, mas não somos, definitivamente.
Alguém pode pensar que está dirigindo um bando de mentecaptos, mas pode ter certeza de que mais de 99% dos moçambicanos de mentecaptos não têm nada.
O moçambicano pode parecer que engole sapos vivos a seco, mas se o faz não é por prazer, mas por aquilo que muitos dos adultos de Moçambique bem sabem.
Todavia, quem desgoverna os moçambicanos pode ter a certeza que um dia estes perderão esse medo e vão demonstrar que efectivamente de mentecaptos não têm nada.
É que parece ser entendimento de alguns de que ao fingir que fazem algo de bem e as pessoas ficam quietas é porque ninguém entende algo do que está, de facto, a acontecer ao seu redor.
Exemplos:
Mudanças permanentes de designação de instituições.
É para quê mesmo?
Todos sabemos que mudar de designação em si não melhora o desempenho de seja lá o que for, senão trazer encargos múltiplos que são cobertos com os impostos que nos são sugados sem dó nem piedade.
Por exemplo: INATRO já foi INATER e esta antes foi INAV. Algo positivo com as mudanças de designação? Em caso afirmativo, gostaria de saber.
O INGD já foi INGC, mas antes era DPCCN. Algo positivo com a mudança de designação? Em caso afirmativo, gostaria de saber.
Ministério de Educação está “toda a hora” a mudar de designação, idem para o da Agricultura.
A PPM passou para PRM e a PIC passou para o SERNIC.
Por falar em PRM e SERNIC. Alguém pensa que o “maravilhoso povo” ficou contente e feliz com o deslinde do caso Matalane?
São filhas, irmãs, tias, sobrinhas, primas, namoradas, esposas de pessoas aquelas que por ingressar na PRM, logo, tiveram de passar por Matalane e hoje são olhadas com aquela “pulga atrás da orelha”. E alguém pensa mesmo que estamos todos confortáveis e relaxados com isso, incluindo as próprias agentes?
Os que já deixaram de ser considerados ‘mais novos’ devem estar recordados do que se falava, em tempos idos, do quartel do Destacamento Feminino (DF) da Moamba, assunto apenas abafado graças ao rigor da “disciplina canina” então vigente.
Porque não há duas sem três, depois do “filme” de Matalane veio o de Ndlavela, esta que em algum momento chegou a ser considerada a cadeia-modelo de Moçambique!
Sim. Aquelas manas podem ter cometido crimes, mas quando foram condenadas e encarceradas em Ndlavela e/ou numa outra penitenciária qualquer, ninguém disse que elas eram automaticamente transformadas em máquinas de fazer dinheiro para uns pulhas e objectos para a satisfação de apetites sexuais de um bando de safados.
Quer dizer, basta ter uma filha, irmã, tia, sobrinha, prima, namorada, esposa, ou um familiar qualquer do sexo feminino, condenada e encaminhada para uma penitenciaria de Moçambique, “já está”. Passa a ser objecto de chacota pública!
Estão a passar dos limites! Por favor, alguém deve tomar atitudes efectivas e plausíveis porque as pessoas não cheguem, um dia, a perder a paciência.
Aliás, um dia alguém disse que TUDO TEM LIMITES, INCLUSIVE A PACIÊNCIA!
Fingir que se governa brincando com sentimentos e dignidade de milhões pode resvalar em tragédia que ninguém deseja.
Mais uma comi$$ão de inquérito para investigar o que nem é surpreendente, apenas está detalhado, é tentar fazer de todos uns tolos alegres!
A MINTHIRU IVULA VULA KUTLHULA MARITO! Os actos valem mais que as palavras!
Digo/escrevo isto porque que ainda creio que, como em anteriores desafios, Moçambique triunfará e permanecerá, eternamente.
REFINALDO CHILENGUE
Este artigo intitulado “Cheira a maturidade no MDM” foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 18 de Junho de 2021, na rubrica de opinião denominado TIKU 15
Caso esteja interessado em passar a receber o PDF do Redactorfavor ligar para 21 305323 ou 21305326 ou 844101414 ou envie e-mail para correiodamanha@tvcabo.co.mz
Também pode optar por pedir a edição do seu interesse através de uma mensagem via WhatsApp (84 3085360), enviando, primeiro, por mPesa, para esse mesmo número, 50 meticais ou pagando pelo paypal associado ao refinaldo@gmail.com.
Gratos pela preferência