Raptado em Nelspruit
Agentes da Polícia e da Segurança da África do Sul estão a procura de um moçambicano, de origem asiática, raptado fim-de-semana, na cidade de Nelspruit (Mbombela), província de Mpumalanga, que faz limite com Moçambique, deixando esposa e bebé de 24 horas numa clínica privada.
O facto foi revelado em Joanesburgo pelo Presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos de Moçambique, Custódio Duma, em visita de trabalho na África do Sul.
Custódio Duma, disse que falou com os parceiros sul-africanos dos direitos humanos sobre o rapto do moçambicano.
A Comissão Sul-africana respondeu que lamentava o incidente, mas pouco podia fazer porque se trata de um assunto de Polícia e Segurança que já estão a trabalhar na procura do raptado.
A empresa privada ACS Security publicou, através de redes, sociais fotografias de Moshin Nautulus, sua esposa, bebé e o contacto para quem souber do seu paradeiro.
Segundo ACS Security, Moshin Nautulus deixou a família na clínica para tomar café cerca das 10 da manha de Domingo, mas nunca mais voltou.
Quatro horas depois, ou seja as duas da tarde, ACS Security recebeu uma chamada telefónica de sua Unidade Reactiva de Hermansburg informando que um jardineiro havia visto um carro Mithsibishi parado na berma da estrado e cinco homens saíram do local a fugir num outro carro Mercedes Vito com chapa de matricula moçambicana, aparentemente levando consigo o motorista do Mitsubishi.
Quando o pessoal da ACS Security chegou ao local apanhou boletim de nascimento de um bebé com registo do dia anterior na Midic Clinic de Nelspruit, muito assediada por muitos moçambicanos da classe média alta.
Com base no boletim, o pessoal da ACS Security localizou a família da vítima, tendo esta confirmado que Moshin havia saído para tomar café, de acordo com um informante da polícia sul-africana.
Outra fonte policial sul-africana disse so Correio da manhã em Nelspruit que “há muitas pessoas de origem asiática provenientes de Moçambique que compraram ou alugaram casas” nesta cidade.
A fonte acrescentou que operativos da corporação suspeitam que o rapto de Moshin Nautulus seja uma encomenda de sindicatos que desestabilizam a comunidade de supostos empresários de origem asiática em Moçambique, com sequestros para exigir resgates milionários.