Moçambique segundo maior produtor de frango na SADC
Moçambique segundo maior produtor – Com um total 146.684 toneladas, Moçambique ocupa o segundo lugar no ranking dos países produtores da carne de frango na África Austral, apenas superado pela vizinha República da África do Sul, com aproximadamente dois milhões de toneladas (1.915.000, em bom rigor).
Estes dados foram revelados esta quarta-feira pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER), em Matutuine, extremo Sul da província meridional moçambicana de Maputo, no decurso de um evento promovido por este pelouro.
Foi neste contexto que se fiou a saber que no global, o conjunto dos 16 países membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) produzem 2.594.735 toneladas de carne de frango, com as ilhas Seychelles na cauda (430 toneladas).
É na produção do gado bovino que Moçambique (oitava posição, com 2.320.248 cabeças) está no meio da tabela classificativa liderada pela Tanzania (30.716.519 cabeças) num universo de 76.987.014 unidades no âmbito da SADC.
No que tange à produção de carnes vermelhas, destaque vai para a República da África do Sul, com uma produção de 1.210.410 toneladas de um universo de 3.350.363, numa lista compilada pelo FAOSTAT – Banco de Dados Estatísticos Corporativos da Food and Agriculture Organization (FAO) em que Moçambique ocupa a decima primeira posição.
A nível doméstico
A nível doméstico, os dados disponíveis apontam para um incremento substancial da produção pecuária (96%).
Enfoque especial vai para o aumento da criação de ruminantes, (89%), uma esfera amplamente dominada pelo sector familiar em regime extensivo com recurso a pastagem natural e um sector comercial (11%) de gado bovino e dois por cento de pequenos ruminantes.
Em termos de espécies a província de Gaza, com 543.852 cabeças de gado bovino lidera a lista que tem a cidade de Maputo a assegurar a “lanterna vermelha” com apenas 798 unidades, num universo dos já acima referenciados 2.320.248 exemplares.
Do total de 4.405952 cabeças de caprinos, a sua maioria é criada em Tete (1.005.417), seguida Sofala (829.250). Oficialmente, na cidade de Maputo não há registo da criação desta espécie que tem a província nortenha de Cabo Delgado como a que menos se dedica a ela (92.653).
No que toca aos ovinos Sofala, com um total de 207.313 unidades está no topo da produção com um universo nacional de 1.101.488 unidades, com Cabo Delgado na cauda e, uma vez mais, nominalmente, a cidade de Maputo sem registo.
Tete volta a estar em evidencia na classificação nacional (1.827.681) dos produtores de suínos, com um total de 444.772, sendo, uma vez mais, Cabo Delgado a menos empenhada na criação desta espécie (72.706.
A população de galináceos (26.877.486) bate todos os recordes em Moçambique, sendo Inhambane a que menos se esforça na criação de galinhas à escala nacional (1.405.308) e, uma vez mais, a cidade capital do país, Maputo, em termos oficiais não possui uma única galinha.
Refira-se que entre 2021 e 2022 Moçambique registou, oficialmente, um crescimento de cinco por cento do gado bovino, passando de 2.219.635 para 2.320.248 cabeças.
O maior crescimento (37.3% ocorreu na cidade de Maputo, de acordo com os dados que nos foram disponibilizados (de 518 para 798 unidades), tendo o pior incremento sido registado na província de Maputo (1.8%)passando das 385.241 unidades para 389.188.
No entendimento do MADER o incremento da produção de carne na produção resulta da intensificação das medidas de controlo do movimento de animais, controlo do roubo e abates clandestinos, reforço das medidas de fiscalização e controlo do contrabando de frangos e investimentos privados
Em termos de produção de carne de gabo bovino a província de Maputo é líder, com 9.358 (47%), seguida de Maputo cidade (2.064 toneladas), o equivalente a 10% da produção nacional estimada em 20.051 toneladas.
Estes valores deverão registar incrementos substancias em consequência dos esforços desenvolvidos pelo MADER que está a reforçar campanhas de vacinação, banhos carracicida, fomento pecuário num investimento orçado em 10 milhões de dólares norte-americanos, o equivalente a 63 milhões de meticais, de acordo com o ministro da agricultura e desenvolvimento Rural, Celso Ismael Coreia, que presidiu ao acto.
NOÉMIA MENDES