Modelo chinês

 

Mais de metade dos moçambicanos considera a China como a potência com maior influência no seu país e mais de um terço defende que Moçambique deveria seguir o modelo de desenvolvimento chinês, segundo um estudo hoje publicado.

As conclusões são do Afrobarómetro (www.afrobarometer.org), um estudo realizado através de entrevistas cara-a-cara junto de mais de 54 mil cidadãos de 36 países africanos, representando as opiniões de mais de três quartos da população do continente.

Segundo a sondagem, em média, 63 porcento dos inquiridos vê a influência da China no seu país como positiva ou muito positiva, percepção que se deve em grande parte ao sector das infraestruturas/desenvolvimento e aos investimentos empresariais da China.

Quando se pergunta que país tem actualmente a maior influência nos seus países, a maioria dos inquiridos (28%) identifica as suas antigas potências coloniais, seguidas da China (23%) e dos EUA (22%).

O nível de influência percebida varia muito entre países e Moçambique é o segundo país, a seguir ao Zimbabué, onde mais inquiridos escolheram a China como o Estado que mais influência tem no seu país.

Com efeito, 52% dos moçambicanos que responderam à sondagem responderam que a China é o mais influente, 09% escolheram a África do Sul, 08% os EUA e 05% a antiga potência colonial.

Quando questionados sobre que modelo de desenvolvimento o seu país deveria seguir, a maioria dos africanos inquiridos (31%) escolheu os EUA, logo seguido da China (24,3%) e só depois as antigas potências coloniais (12,5).

Maioria dos moçambicanos preferem modelo de desenvolvimento da China
Moçambicanos agitando bandeiras do seu país e da República Popular da China

Também aqui, Moçambique segue uma tendência diferente, com 36% dos inquiridos a escolherem a China e 15% a preferirem os EUA.

Não obstante a preferência dos moçambicanos pelo modelo de desenvolvimento chinês, Moçambique não está entre os países com mais opiniões positivas sobre a influência chinesa, apesar de estar acima da média.

A nível do continente, 63% dos inquiridos vê a influência da China no seu país como “positiva” ou “muito positiva”, valor que sobe para 92% no Mali, 84% no Níger ou 78% em Cabo Verde.

Em Moçambique, 65% dos inquiridos têm uma opinião positiva sobre a influência da China; 9% têm uma opinião negativa e 26% não têm opinião positiva nem negativa.

No que diz respeito à ajuda financeira ao desenvolvimento prestada pela China, 43% dos moçambicanos consideram a cooperação chinesa está a fazer um bom trabalho e 19% um mau trabalho.

 

REDACÇÃO

 

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