Modernização do SISE

O Presidente moçambicano, Filipe Jacinco Nyusi, exortou aos responsáveis do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE) a adoptar métodos de actuação modernos, defendendo a manutenção da paz como um dos principais desafios para o país.

Falando na tomada de posse do novo director-geral do SISE, Lagos Henriques Lidimo, e do respectivo adjunto, Sérgio Nathú Cabá, Filipe Nyusi apelou aos serviços secretos moçambicanos para primarem por uma actuação que respeite o Estado de direito e os direitos e liberdades individuais.

“Toda a actividade do SISE deve ser patriótica e temos que assegurar que Moçambique não se torne num Estado falhado e pária no âmbito internacional”, declarou Nyusi.

Assinalando a preservação da paz como centro da actuação dos serviços de informação, o chefe de Estado apontou o narcotráfico, o tráfico de pessoas, os crimes ambientais e a corrupção como alguns delitos a que o SISE tem de estar atento.

“A coordenação permanente e cada vez mais estreita entre as Forças de Defesa e Segurança e o SISE evitará uma acção isolada dos serviços de informação”, defendeu o chefe de Estado moçambicano.

Lagos Lidimo, um general na reserva, foi nomeado para o cargo de diretor-geral do SISE na segunda-feira, substituindo no cargo Gregório Leão, que ficou quase 12 anos no posto.

Lidimo foi um importante comandante da guerrilha da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, na guerra de 10 anos contra o colonialismo português e mais tarde na guerra civil moçambicana.

A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido de oposição e que esteve em guerra civil contra a Frelimo, exige a integração dos seus quadros no SISE, acusando o partido no poder de usar os serviços secretos como um instrumento de perseguição a opositores.

Redacção

 

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